Conheça a história versátil e refrescante do Gin e faça um brinde à vida e ao verão!
A história do gin remonta ao século XVII, nos Países Baixos, quando Franz Le Boë (1614-1672), também conhecido por Franciscus Sylvius, procurava uma fórmula medicamentosa para aliviar problemas renais, e a um destilado de cereais adiciona zimbro (Juniperus communis L.), provavelmente por causa das suas conhecidas propriedades diuréticas e medicinais.
O nome da bebida – gin – deriva dos nomes comuns do zimbro em neerlandês, genever, em francês, genievre, e, em italiano, ginepro. O que não seria de esperar é que a fórmula medicamentosa de Sylvius fosse tão bem aceite, a ponto de ser tomada sem ser com propósito médico. Se ao sabor agradável da bebida acrescentarmos o facto de ter um preço acessível, é fácil entender o motivo da sua popularidade.
Foi após a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) – ocasião em que os soldados britânicos lutaram ao lado dos neerlandeses e tomaram
contacto com o genever – que o gin ganha uma grande popularidade na Grã-Bretanha. Durante o século XVIII, o consumo da bebida aumentou tanto que essa fase ficou conhecida como gin craze ou febre do gin. O consumo excessivo da bebida na Grã-Bretanha levou a problemas sociais, conduzindo à necessidade de implementar, em 1736, medidas restritivas para controlar a situação.
Durante o século XIX, surgiram novos estilos de gin, como o London Dry Gin. A principal diferença entre o gin e o London Dry Gin é que o primeiro é adoçado (açúcar ou xarope) após a destilação e o segundo não é de todo adoçado. Nos últimos anos houve um ressurgimento do gin, existindo atualmente uma ampla variedade de sabores e estilos de gin disponíveis. A capacidade da indústria de se reinventar, aliada ao seu sabor versátil e à facilidade de ser combinado com uma grande variedade de ingredientes (e.g. com infusão de frutas, ervas e especiarias), tornaram-no uma escolha popular nos bares e em casa.
Este mês, depois de conhecer a sua história, convidamo-lo a desfrutar desta refrescante e versátil bebida, e a fazer um brinde ao verão e à vida!
ZIMBRO
Designação científica: Juniperus communis L.
Família: Cupressaceae.
Origem: Europa, Ásia e América do Norte.
Época de floração: Verão.
Tipo de fruto: Gálbula.
Maturação do fruto: Verão.
Curiosidades: Conhecido pelas suas propriedades medicinais desde a Antiguidade, já nessa época os seus frutos eram utilizados para produzir vinho de zimbro.
CANELA
Designação científica: Cinnamommum verum L.
Família: Lauraceae.
Origem: nativa do Sri Lanka.
Época de floração: Abril-julho.
Tipo de fruto: Drupa.
Maturação do fruto: Julho a setembro.
Curiosidades: O nome do seu género, Cinnamomum, provém da palavra grega kinnamômou, que já designava esta espécie aromática pertencente à família das Lauráceas, na Antiguidade. Derivada da palavra kinein, que significa enrolada, referindo-se aos fragmentos de casca que se enrolam ao secar, os paus de canela.
LARANJA
Designação científica: Citrus sinensis (L.) Osbeck.
Família: Rutaceae.
Origem: Ásia (China).
Época de floração: Primavera.
Tipo de fruto: Hesperídio.
Maturação do fruto: Outono.
Curiosidades: A laranjeira-doce tem origem no sul da China, enquanto a laranjeira-azeda é nativa do sul do Vietname. Embora esta última já fosse conhecida na Europa desde a Idade Média, apenas no início do século XVII existem registos históricos do cultivo da laranjeira-doce pelos portugueses. Esta espécie passa a ser conhecida em diversas partes do mundo e, geralmente, com o seu nome vulgar associado a Portugal, como Pourtegalié (Nice), Portugaletto (Piemonte) e Portugales (Grécia).
LIMÃO
Designação científica: Citrus limon (L.) Osbeck.
Família: Rutaceae.
Origem: Sudeste da Ásia.
Época de floração: Primavera.
Tipo de fruto: Hesperídio.
Maturação do fruto: Outono.
Curiosidades: Consta que os gregos utilizavam o limão para proteger as suas roupas das traças. Rico em vitamina C, o limão é utilizado desde a época das grandes navegações para combater e prevenir o escorbuto. É uma das frutas mais populares e amplamente utilizadas em todo o mundo.
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