A madressilva, Lonicera spp, pertence à família das Caprifóliaceas onde se inclui também o sabugueiro e o noveleiro. O nome Lonicera é uma homenagem ao botânico alemão do século XVI, Adam Lonicera, caprifolia vem do latim cabra, devido à grande preferência que as cabras têm por esta planta mas também talvez devido à sua natureza trepadora, assim como os caprinos.
A L. caprifolium é oriunda da Europa Meridional e do Cáucaso, enquanto a L. japonica é nativa da China e do Japão, mas cresce subespontânea em diversos locais do Continente e Açores. Ambas podem ser encontradas em muros, arbustos e sebes. Trata-se de uma planta vivaz que pode viver até aos 40 anos. Os seus ramos enrolam-se solidamente à volta dos suportes. A espécie mais comum em Portugal é, no entanto, a L.etrusca, a L. periclimenum (madressilva-dasboticas) que tal como outras apresenta flores branco-amareladas, mas estas raiadas de vermelho. Todas têm um perfume muito agradável e doce e são bastante apreciadas pelas abelhas. É ainda conhecida por madressilva-dos-jardins ou maias por estarem em plena floração no mês de maio. Em Portugal cresce espontânea um pouco por todo o lado, nas extremidades dos bosques, em solos de preferência argilosos.
História
A madressilva era já conhecida de Dióscorides (100 d.C.) que a menciona na sua Matéria Médica, os gregos designavam-na por peryclemenon que significa “eu agarro-me”. Durante toda a Antiguidade Egípcia, Grega e Romana a sua casca era muito utilizada, mas com o decorrer dos séculos foi perdendo importância. Na Idade Média acreditava-se que o seu perfume provocava sonhos eróticos e as adolescentes estavam por isso proibidas de levarem para casa ramos desta flor. Os chineses acreditam que o uso prolongado de madressilva aumenta a longevidade. Na Rússia fabrica-se um óleo a partir da casca que é utilizado para tratar tumores e dores crónicas.
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