Ornamentais

Orquídeas Dendrobium Secção formosae

Dendrobium bellatulum amarelo

Dentro da grande família das Orchidaceae, um dos géneros com mais espécies é o Dendrobium. São quase 1200 espécies que foram agrupadas em seis secções pelas semelhanças entre as espécies que as compõem. As cerca de 30 espécies que compõem a secção Formosae caracterizam-se pela especial beleza das suas flores, normalmente brancas com o labelo bastante colorido. Esta secção também é conhecida por Nigrohirsutae. Este nome refere-se aos pelos escuros que se podem encontrar na base inferior dos pseudobolbos e na bainha das folhas em algumas espécies.

São espécies ainda pouco comuns, mas que já se encontram à venda em exposições de orquídeas e em centros de jardinagem especializados em orquídeas no nosso País. Dessas espécies são talvez mais conhecidos o Dendrobium cruentum, D. bellatulum (uma micro-orquídea), D. dearei, D. sanderae, D. tobaense e os famosos híbridos Dendrobium Dawn Maree, D. Lime Frost, D. Frosty Dawn, entre muitos outros.

Estes Dendrobium são originários da Índia, do Sudeste Asiático, do Bornéu e Filipinas. Crescem maioritariamente de forma epífita, agarrados aos troncos e ramos das árvores.

Leia o artigo: Orquídeas quase em flor: Cymbidium, Dendrobium nobile e Pleiones

Dendrobium Green Lantern

A planta

São compostos por pseudobolbos alongados como uma cana, com folhas verdes que com o tempo acabam por secar e cair. Mesmo sem folhas, os pseudobolbos continuam vivos e a florir. Não devem ser retirados pois neles se formarão também keikis (filhos).  Poderemos depois separar  os mesmos da planta-mãe e assim obter novas plantas.

As flores crescem nos nódulos dos pseudobolbos em grupos de uma a quatro flores por cada pequeno pé. São flores consideradas grandes, em algumas espécies até com aproximadamente 10 cm, e que ficam abertas entre quatro e seis semanas. Em muitas espécies, as flores são agradavelmente perfumadas.

Leia o artigo: O Dendrobium da rainha e o sapatinho negro 

Dendrobium bellatulum laranja

O cultivo

Não são especialmente difíceis de cultivar e de florir. As espécies mais pequenas, como o Dendrobium bellatulum, podem ser cultivadas montadas em cortiça. As restantes aconselha-se o cultivo em pequenos vasos – gostam de ter as raízes apertadas –, com substrato que lhes ofereça uma boa drenagem.

Este deve ser uma mistura para epífitas à base de casca de pinheiro e fibra de coco média à qual podemos acrescentar uns pedacinhos de carvão vegetal. Para quem tem tendência a deixar as plantas secar demasiado, podem beneficiar adicionando à mistura um pouco de perlite ou musgo de esfagno.

O substrato deve ser substituído a cada 2-3 anos e, se a planta estiver demasiado grande, pode ser dividida em plantas menores. Devemos ter o cuidado de deixar sempre três pseudobolbos juntos em cada vaso. Estes Dendrobium devem ser bem regados quando os novos pseudobolbos que aparecem todos os anos estão em pleno crescimento.

São espécies ainda pouco comuns, mas que já se encontram à venda em exposições de orquídeas.

Quando o crescimento pára, reduzimos as regas. Nos meses mais frios, devemos regar muito pouco: o indispensável para os pseudobolbos não engelharem por desidratação. Especialmente na época de crescimento, devemos utilizar um fertilizante para orquídeas em regas alternadas.

Gostam de uma luz intensa, mas filtrada, sem sol direto e podem adaptar-se a vários climas. No entanto o seguro será cultivá-los num ambiente de temperaturas intermédias (15-30 oC). Apesar de algumas espécies tolerarem temperaturas mais baixas. Beneficiam de uma humidade do ar alta assim como de um bom arejamento.

Veja o vídeo: Como reenvasar uma orquídea Phalaenopsis

Fotografias: José Santos

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