São cada vez mais comuns nos centros de jardinagem, floristas e até nas grandes superfícies. São cópias fiéis das nossas conhecidas Phalaenopsis mas em tamanho diminuto, sendo que a planta não excede 10-12cm e a haste floral fica-se pelos 15cm de comprimento. Também as flores são mais pequeninas, com cerca de 5 cm. São apelidadas de Phalaenopsis “Calimero” ou “Colibri” e são híbridos selecionados para manterem este tamanho mesmo na fase adulta.
Ao contrário do que se possa pensar, estas Phalaenopsis não são plantas bebés que depois vão crescer e ficar do tamanho das Phalaenopsis comuns, mas sim plantas adultas que orgulhosamente mantêm o seu estatuto de miniaturas toda a sua vida. E é o facto de serem miniaturas que as torna tão interessantes para os colecionadores e amantes de orquídeas.
Como cultivar
As Phalaenopsis cultivam-se basicamente da mesma forma que as suas familiares maiores. Afinal também são Phalaenopsis. No entanto, para quem gosta de plantas montadas em troncos ou placas de cortiça, estas Phalaenopsis miniatura são muito fáceis de cultivar também desta forma. As Phalaenopsis são originárias da Ásia tropical (Malásia, Bornéu, Filipinas, etc) e são plantas epífitas. Crescem agarradas aos troncos e ramos das árvores. Não têm substrato propriamente dito, alimentam-se da água que escorre pelo tronco das árvores e por detritos vegetais (folhas secas, cascas de árvores em decomposição, liquens, etc) que se vão armazenando junto às raízes, nas fissuras dos troncos.
As orquídeas não são plantas parasitas e não se alimentam da árvore onde crescem – esta servem unicamente de suporte e como meio de estarem mais próximo da luz. As temperaturas destas florestas tropicais variam entre os 18 e os 30 graus centígrados e são zonas com uma humidade sempre acima dos 50-60%. Para nós, estas condições são obtidas com grande facilidade no interior das nossas casas. Na primavera e no verão podem também ser colocadas no exterior mas nunca quando as temperaturas descerem abaixo dos 16-18ºC.
As Phalaenopsis gostam de luz forte, mas o sol direto pode ser prejudicial. As folhas começam por perder o verde escuro e podem evoluir para queimaduras graves, podendo causar a morte da planta. Um local com boa luz mas sem sol direto é o ideal.
Rega e fertilização
Regra geral, usamos vasos transparentes para cultivar as Phalaenopsis. Assim mesmo estando dentro de um vaso, as raízes continuam a receber luz como fariam se estivessem agarradas ao tronco de uma árvore. O substrato que colocamos é composto basicamente por pedaços médios de casca de pinheiro misturados com um pouco de fibra de coco. Nesse substrato, as raízes continuarão arejadas e a água das regas a escorrer sem se acumular ensopando o substrato, como aconteceria a uma planta numa árvore. É fácil ver quando a planta precisa ser regada – o revestimento das raízes grossas fica com uma cor prateada quando estão secas e verdes se estiverem molhadas. Raramente se rega mais do que uma vez por semana, exceto se a planta estiver no exterior ou num local muito quente e seco.
Para ajudar na alimentação da planta, o uso de um fertilizante próprio para orquídeas dissolvido na água de rega é fundamental. O fertilizante deve ser aplicado a cada duas regas (uma semana regamos com fertilizante e na semana seguinte regamos só com água) ou então em todas as regas numa dose mais fraca.
O que mudar
As Phalaenopsis miniatura chegam às lojas normalmente em pequenos vasos plásticos transparentes cheio de musgo de esfagno. Após as flores caírem, deveremos mudar a planta para um vaso um pouco maior e substituir o musgo para uma mistura de casca de pinheiro com fibra de coco e musgo. Se optar por cultivar a planta montada, aplique-a numa placa de cortiça numa “cama” de musgo, prendendo a planta com arames ou fio de jardineiro. Aí, as regas poderão ser mais frequentes porque a planta seca mais depressa.
Na Natureza, existem várias espécies de Phalaenopsis pequenas, algumas mesmo com tamanhos inferiores a estes híbridos. Se ficou apaixonado pelas Phalaenopsis miniatura procure espécies como as P. decumbens, P. chibae, P. cornu-cervi, P. equestris ou P. lobbii, entre muitas outras. Ocupam pouco espaço e são lindíssimas.
Fotos: José Santos e Maja Dumat
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