Revista Jardins

Uma planta, uma história: Canforeira

As canforeiras são originárias do Leste da Ásia e pertencem à família das lauráceas.

Tal como acontece na Macaronésia, são as copas destas árvores que formam o dossel das florestas húmidas designadas por Laurissilva.

Plantadas em São Miguel desde a segunda metade do século XIX, encontraram condições edafoclimáticas muito favoráveis e não é exagero afirmar que hoje estão naturalizadas, não necessitando de ajuda humana para se multiplicarem.

As flores e os frutos

As canforeiras florescem em maio e junho, mas, como é comum nas lauráceas, as pequenas flores brancas reunidas em panículas são pouco vistosas.

Os frutos são drupas pequenas que amadurecem no fim do verão e no princípio do outono, apresentando nessa altura uma tonalidade negra.

No Jardim Botânico José do Canto é enorme a população de canforeiras, o que em muito se deve aos semeadores pombos-torcazes, que apreciam a polpa dos frutos maduros e lançam ao solo as sementes após a passagem pelo trato intestinal.

Entre todas destacam-se cinco de porte monumental, que integram o roteiro das árvores notáveis. Merecem ser apreciadas!

As folhas

A canforeira (Cinnamomum camphora) é uma espécie perenifólia, com folhas jovens acobreadas, que se tornam coriáceas e evoluem para o verde brilhante, despedindo-se da árvore com uma bonita tonalidade avermelhada.

Quando esmagadas, as folhas exalam aroma a cânfora, substância cristalina que pode ser obtida de todas as partes da planta. Insolúvel na água, mas solúvel no álcool, é usada como repelente de insetos.

B.I.

Nome científico: Cinnamomum camphora

Nome vulgar: Canforeira

Porte: Árvore

Família: Lauraceae

Origem: Este da Ásia (China, Taiwan, Japão, Vietname)

Morada: Jardim Botânico José do Canto, Ponta Delgada, ilha de São Miguel

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