Ornamentais

Pode roseiras com sucesso

Esta é a época para podar as suas roseiras; saiba como fazer para garantir florações na próxima estação.

Desde a Idade Média que as roseiras são cultivadas, tendo sido importadas do Médio Oriente pelos Cruzados.

Já no século XVIII, os europeus dominaram a técnica de cruzá-las para criarem novas variedades, existindo atualmente inúmeros tipos de roseiras, cobrindo praticamente todos os tipos de usos.

primavera

De forma generalizada, as roseiras podem ser agrupadas em três grandes grupos: as roseiras silvestres, que são espontâneas e dão flor uma vez no ano; as roseiras antigas de jardim, que são bastante robustas e resistentes a pragas e a doenças; e as roseiras modernas, que surgiram na década de 60 do século XIX e são hoje o grupo com maior quantidade de variedades comerciais.

Paralelamente, as roseiras podem ainda ser remontantes, isto é, podem florescer várias vezes no mesmo ano, ou não remontantes (de floração única).

Alguns dos principais tipos de roseiras:

As roseiras arbustivas ou de jardim, as roseiras baixas de flores agrupadas, as roseiras baixas de flores grandes, as roseiras de cobertura, as roseiras miniatura, as roseiras polianta, as roseiras sarmentosas ou trepadeiras, as roseiras floribundas, as roseiras magnólia e as roseiras híbridas de chá.

Razões para podar as roseiras

A poda efetuada nas roseiras, se corretamente implementada,
promove diversos aspetos positivos para a planta: permite rejuvenescer plantas com estruturas vegetais mais envelhecidas, promove o crescimento da planta e, sobretudo, promove a sua floração, entre outros.

Para estes aspetos, as novas condições de arejamento e de luminosidade são de enorme importância, pois permitem o surgimento de nova rebentação.

No que concerne à floração, a poda, encarada pela planta como uma agressão, constitui um estímulo à frutificação, funcionando como resposta a um processo fundamental a qualquer ser vivo, a perpetuidade da espécie.

Época de poda das roseiras

A poda de final de inverno ou início de primavera nas roseiras é fundamental, pois nesta fase, através da poda com recurso ao método de prolongamento sob estrutura perene ou semiperene, consegue-se garantir a melhor estrutura de suporte para os lançamentos portadores de botões florais.

A poda de verão nas roseiras é aplicada sobretudo em roseiras floribundas e nas híbridas de chá; enquanto variedades remontantes, é necessária uma poda de verão para maximizar o aparecimento de botões florais de forma consecutiva desde a primavera até ao inverno.

A poda de outono é aplicada so- bretudo a roseiras com estruturas afetadas por patógenos, as quais devem ser eliminadas para evitar a propagação de doenças fúngicas.

A execução do corte

A técnica de corte na poda das roseiras consiste em podar o rebento sempre por cima de um botão que se desenvolva virado para fora relativamente
à estrutura aérea da planta.

O corte deverá sempre ser efetuado no sentido oblíquo relativamente ao rebento e paralelamente ao botão e a uma distância de cerca de 5 mm acima deste.

Os rebentos ladrões deverão ser eliminados pela base e em qualquer altura do ano. São rebentos vigorosos de cor mais clara que nascem abaixo do enxerto e, se não eliminados, acabarão por controlar a parte enxertada, anulando assim todo o interesse pelo qual a planta foi conduzida.

Para favorecer um corte limpo e para evitar as infeções da planta, devem ser utilizadas sempre na poda das roseiras tesouras afiadas e desinfetadas respetivamente.

Técnicas de poda nas roseiras

As variedades de roseiras são inúmeras e como tal as suas exigências também serão muito diferentes.

Contudo, deve ter-se em conta que o objetivo em todas as variedades é sempre o mesmo, isto é, o de manter uma estrutura aérea vigorosa, estruturada e altamente florífera.

A seguir apresenta-se a técnica de implementação de poda em algumas variedades de roseira.

PODA DE INVERNO/PRIMAVERA

ROSEIRAS FLORIBUNDAS

Em primeiro lugar, eliminam-se todos os rebentos mortos, doentes, afetados pelas geadas e debilitados.

Todos os rebentos envelhecidos deverão ser cortados junto à base da estrutura, uma vez que esta operação permite que a roseira se preserve jovem e vigorosa. Os restantes lançamentos podam-se mantendo cinco a sete botões.

Os rebentos mais vigorosos poderão permanecer mais compridos relativamente aos mais débeis, permitindo a estes estimular o seu desenvolvimento.

ROSEIRAS HÍBRIDAS DE CHÁ

Este grupo de roseiras são podadas da mesma forma que as floribundas, com a diferença de que nesta variedade os rebentos a conservar manter-se-ão com apenas três e cinco botões, sendo pois uma poda mais intensa.

ROSEIRAS ARBUSTIVAS

As roseiras arbustivas não apresentam a exigência em poda como as dos grupos anteriores.

Eliminam-se inicialmente só os rebentos mortos, afetados, cruzados, etc. os rebentos mais velhos são removidos junto ao solo.

ROSEIRAS TREPADEIRAS

Nas variedades não remontantes, eliminam-se os rebentos mortos, doentes ou gelados das roseiras trepadeiras, deixando suficiente espaço livre para que os novos rebentos se desenvolvam.

Junto à base da estrutura perene ou semiperene eliminam-se os rebentos com mais de cinco anos.

PODA DE VERÃO

ROSEIRAS ARBUSTIVAS

Nas variedades remontantes, para estimular uma nova floração, devem eliminar-se as inflorescências. No caso das roseiras arbustivas com uma única floração, tal não é necessário.

ROSEIRAS FLORIBUNDAS E ROSEIRAS HÍBRIDAS DE CHÁ

Quer as roseiras floribundas quer as híbridas de chá necessitam de uma poda no verão. Podam-se os rebentos das roseiras até à segunda folha vigorosa abaixo da flor.

ROSEIRAS TREPADEIRAS

No caso das roseiras trepadeiras remontantes, a norma básica é podar os rebentos murchos no verão.

Para conseguir uma floração contínua, elimina-se a inflorescência cerca de 5 mm acima da segunda folha a contar da base.

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