São plantas resistentes mas não deixam de ser susceptíveis ao ataque de algumas pragas, doenças e infestantes. Saiba quais as mais comuns e como combatê-las.
A importância das plantas medicinais, aromáticas e condimentares no quotidiano humano é conhecida desde há muito. Porém, só mais recentemente houve um aumento significativo no cultivo e na comercialização destas plantas. As ervas aromáticas e condimentares têm sido empregues com frequência na alimentação, conferindo-lhes aromas e sabores únicos, bem como aspeto agradável.
Não sendo no geral das plantas mais suscetíveis a ataques de agentes bióticos, não deixam de ter as suas interações com estes. Desta forma, dedicamos alguma atenção a estas ameaças que recaem sobre as plantas aromáticas.
Alecrim
Alternaria
As folhas do alecrim podem ser atacadas por uma doença provocada por fungos do género Alternaria sp. que causa manchas cloróticas nas folhas.
O ataque deste fungo previne-se colocando as plantas em zonas soalheiras e, simultaneamente, evitando molhar as folhas ao regar reduzindo assim a humidade.
Chrysolina americana
Os escaravelhos Chrysolina americana podem medir até oito milímetros de comprimento e apresentam listas verde-metálicas, alternando roxo e amarelado. O alecrim é um dos hospedeiros, entre outras aromáticas como a Lavandula e alguns tomilhos.
As fêmeas efetuam as posturas no final do verão. A fase larvar ocorre no inverno, e as larvas exibem faixas esbranquiçadas e negras. A pupação dura aproximadamente três semanas, e o imago emerge na primavera.
Para o controlo desta praga recomenda-se, em pequenos ataques, a remoção manual dos insetos.
Alfazema
Rhizoctonia solani
Para o seu estabelecimento e desenvolvimento este fungo requer que ocorra excesso de humidade aliado a temperaturas elevadas, sendo que os ataques são potenciados pela presença de fertilizantes ricos em azoto. A sintomatologia desta doença exprime-se pelo aparecimento de manchas acastanhadas nas folhas ou caules. A prevenção efetua-se racionando a azoto e promovendo o arejamento da vegetação e a boa drenagem do solo.
Armilarria mellea
Trata-se de um fungo do solo responsável pela podridão radicular. Ataca as raízes conduzindo à sua podridão e condicionando a absorção de água e nutrientes por parte da planta. É comum surgirem no solo pequenos cogumelos em forma de chapéu e de cor de mel.
De forma a prevenir o desenvolvimento deste fungo, é importante garantir a boa drenagem do solo, evitando que o excesso de água não se acumule nas raízes.
Thomasiniana lavandulae
Este díptero, inseto da ordem das moscas, é uma das pragas com maiores consequências na cultura da alfazema. Os adultos, que são uma mosca com aproximadamente 2 mm de tamanho emergem do solo no início da primavera.
As larvas do inseto, de cor avermelhada e com cerca de 3 mm de comprimento, perfuram os caules alimentando-se no seu interior e levando à consequente seca dos caules e morte das plantas.
A forma mais eficaz de controlar esta praga consiste em conter o adulto, evitando que este possa efetuar as posturas.
Cuscuta pentagona
Esta é uma planta trepadeira e com comportamento parasita. No geral, possui uma tonalidade cor de laranja e produz pequeníssimas flores brancas.
Esta planta é bastante invulgar pelo facto de não possuir folhas nem clorofila. Desta forma, para se desenvolver, fixa-se numa planta hospedeira, inserindo-lhe um apêndice no sistema vascular e suga os seus nutrientes, debilitando a alfazema.
As alfazemas são ainda atacadas pelos vírus alfalfa moisac virus (vírus do mosaico de alfafa) e pelo cucumber moisac virus (vírus do mosaico das cucurbitáceas).
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