CARACTERÍSTICAS
Nome científico: Rhamnus glandulosa.
Nome vulgar: Sanguinho-da-madeira.
Porte: Árvore.
Família: Rhamnaceae.
Origem: Ilha da Madeira, arquipélago das Canárias.
Morada: Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra – Eva e Américo Durão.
O sanguinho (Rhamnus glandulosa) é uma pequena árvore endémica da ilha da Madeira e de cinco ilhas do arquipélago das Canárias (Tenerife, La Palma, La Gomera, Tenerife e Grã-Canária), que habita a floresta Laurissilva.
Os espécimes mais velhos raramente ultrapassam os oito metros de altura e 40 cm de DAP (diâmetro à altura do peito – 1,3 metros acima do solo). Os troncos, com casca acinzentada, apresentam fissuras verticais, que podem libertar seiva que se torna avermelhada em contacto com o ar. Daí o nome vulgar: sanguinho.
AS FOLHAS
Trata-se duma espécie perenifólia, com folhas simples e alternas (4-8 cm de comprimento e 2-4 cm de largura), com as margens ligeiramente serradas e com pequenas glândulas redondas na base da página superior. As folhas do sanguinho são o alimento das lagartas da borboleta endémica (Gonepteryx maderensis), conhecida por cleópatra da Madeira.
FLORES E OS FRUTOS
As flores, que ocorrem na primavera, são pequenas, amarelo-esverdeadas e dispõem-se em cachos pouco vistosos.
Os frutos globosos, mais pequenos que as cerejas, são avermelhados e ficam quase negros quando maduros no outono. Nessa altura partem-se em três e libertam as sementes, que aproveitam a água das chuvas de outono e inverno para germinar.
Utilização
O sanguinho tem um crescimento lento e é pouco frequente na Natureza. A madeira é leve e foi utilizada em embutidos. Esta arte, hoje com raros praticantes, consiste em talhar pequenos fragmentos e introduzi-los em aberturas feitas com as mesmas dimensões noutras madeiras, criando e reproduzindo desenhos ornamentais.
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