Revista Jardins

Uma planta, uma história: Árvore-jasmim

Árvore-jasmim

O nome do género (Citharexylum) que integra esta árvore de pequeno porte deriva de duas expressões gregas, kithara (lira ou violino) e xylon (madeira), pelo facto de a sua madeira ser usada na construção de cordofones pelos povos do Caribe.

“Fiddlewood”, o nome vulgar em inglês, é uma referência explícita ao uso da sua madeira. Na Ilha da Madeira, esta pequena árvore apenas é cultivada com fins ornamentais.

As folhas ovadas (20 cm de comprimento e 10 cm de largura), de cor verde-limão, dispõem-se de forma oposta. No inverno, parte das folhas adquirem uma cor alaranjada, caindo.

As flores

A floração ocorre três vezes por ano: a primeira em março e abril, a segunda, em julho e agosto, a terceira, de outubro a dezembro.

As flores, brancas e pequeninas, dispostas em rácimos com 20 a 30 cm de comprimento, exalam um aroma agradável, mais intenso ao fim da tarde, verdadeira atração para as abelhas.

É conhecida por árvore-jasmim, porque o cheiro das suas flores melíferas lembra a fragrância dos jasmins.

Os frutos

Os frutos são pequenas drupas carnudas (0,5 a 0,6 cm de diâmetro) alaranjadas, que passam a negras quando maduras, com duas a quatro sementes.

A multiplicação pode ser feita por sementeira ou através do enraizamento de estacas semilenhosas.

As plantas feitas por estaca crescem rapidamente e, passados três anos, começam a florir. Trata-se duma espécie com um grande potencial ornamental, quer pelo aroma das flores, quer pelo charme da folhagem, quer ainda pelo seu porte elegante.

B.I.

Nome científico: Citharexylum spinosum

Nome vulgar: Árvore-jasmim; citaróxilo.

Porte: Árvore.

Família: Verbenaceae.

Origem: Sul da Flórida, Caraíbas, Guiana, Suriname, Venezuela.

Morada: Jardim do Tojal, Faial, nordeste da Ilha da Madeira.

Fotos: Raimundo Quintal

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