A pitanga é uma fruta muito saudável rica em vitamina A e C, bem como em fósforo, cálcio e ferro.
A pitangueira é uma planta da família das mirtáceas (Eugenia uniflora) nativa do Brasil, do Suriname, da Guiana Francesa, do Uruguai e da Argentina.
No Brasil, é originária nomeadamente do bioma conhecido como Mata Atlântica. Este é um bioma de floresta tropical que abrange grande parte das regiões costeiras do Brasil e zonas mais pequenas da Argentina e do Paraguai.
A pitangueira é bastante cultivada nas suas zonas de origem em pomares, quintais e parques. Fora do seu habitat já foi introduzida em diversos países, na América do Sul, na América do Norte, em África e até em Portugal.
O seu fruto é conhecido por pitanga, cereja-brasileira, cereja-do-suriname ou cereja-de-caiena, entre outros.
FICHA TÉCNICA DA PITANGUEIRA (EUGENIA UNIFLORA)
Origem: Brasil.
Altura: Arbusto ou árvore até um máximo de 12 metros.
Propagação: Por sementes ou por estacas.
Plantio: Primavera.
Solo: Solos profundos, férteis e com boa drenagem.
Clima: Prefere clima subtropical, também é rústica em clima temperado.
Exposição: Sol pleno.
Colheita: Geralmente no final do verão.
Manutenção: Regas, mondas, podas ligeiras.
Cultivo e colheita
A pitangueira é uma planta de crescimento lento. Existem variedades com frutos de casca vermelha, as mais comuns, tendo ou não os gomos característicos, com casca cor de laranja e com casca preta.
Em Portugal, o seu cultivo e comercialização é relativamente comum na ilha da Madeira e tem aumentado também noutras zonas do País com clima propício, sobretudo nos Açores e no Algarve.
É um fruto com pouco potencial para comercialização em fresco, visto que se estraga com muita facilidade depois de maduro, pelo que o seu tempo de armazenamento após a colheita é muito reduzido. Não pode viajar grandes distâncias ou ser refrigerado por longos períodos.
Como é uma planta de climas tropicais e subtropicais, devemos cultivá-la em locais abrigados dos ventos e se possível livres de geadas. No nosso quintal, o ideal será termos mais de uma planta, para facilitar a polinização.
Manutenção
Dado o seu pequeno porte, que vai desde um arbusto grande a uma árvore pequena, a manutenção da pitangueira não é difícil.
As podas são ligeiras e o controlo das plantas infestantes e a adubação são feitos esporadicamente.
Para propagar a pitangueira, a maneira mais fácil é através de sementeira, mas também pode utilizar-se a enxertia, sobretudo se quisermos preservar as características de um cultivar específico.
Durante os meses do verão, devemos regar a pitangueira tendo atenção para evitar o encharcamento. Para isso o solo deve ter boa drenagem.
A adubação pode ser feita com composto bem curtido. Para fornecimento de potássio e de cálcio, podem ser usadas cinzas de madeira.
Pragas e doenças
Apesar de ser bastante resistente a pragas e doenças, existem algumas que podem afetá-la, como, por exemplo, as cochonilhas.
Como a planta é geralmente de pequeno porte, uma das coisas mais importantes é a prevenção e o controlo visual das possíveis pragas e podermos combatê-las assim que surgem.
Propriedades e usos
O seu fruto, a pitanga, deve ser consumido bem maduro. Possui vitamina A, vitamina C e também minerais, como fósforo, cálcio e ferro. A pitanga é suculenta, mas o seu gosto varia muito consoante a planta; alguns frutos têm um sabor um pouco resinoso, sobretudo quando acabamos de comer o fruto.
Mas, a pitanga tem uma série de benefícios para a saúde: ajuda a combater a diabetes, previne o envelhecimento celular, melhora a saúde da pele e ajuda a prevenir tumores.
As folhas da pitangueira também têm uso, são aproveitadas para preparar infusões com poderes medicinais, utilizadas para tratar dores de garganta, asma, bronquite, para dietas de perda de peso e para prevenir o envelhecimento celular precoce.
Além de ser consumida ao natural, a pitanga pode ser transformada em sumos, em compotas e geleias, embora a maioria das vezes seja consumida diretamente do pé, visto que se estraga com facilidade.
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