As nêsperas têm um elevado teor de vitamina A, vitamina B6, fibra, potássio e manganés. O alto teor de vitamina A tornam-na um fruto muito benéfico para a visão, a pele e o sistema.
As nespereiras (Eriobotrya japonica) são árvores da família das Rosáceas, originárias da Ásia, nomeadamente da China, de onde foi levada para outros países asiáticos, nomeadamente o Japão, país onde o cultivo da nêspera atingiu maior desenvolvimento. Daí foi trazida para a Europa, onde começou a ser difundida nos países do Sul. Em Portugal é sobretudo cultivada no Sul e no Centro, mas também no litoral Norte, onde tem o nome de magnório ou manganório.
A produção de nêsperas concentra-se sobretudo na Ásia e na América do Sul, as regiões com climas mais propícios para o cultivo deste fruto. O maior produtor é a Índia, seguido das Filipinas, da Indonésia, da China, da Colômbia, da Tailândia, do Paquistão, do Brasil, do Bangladesh e do Peru. A produção europeia é muito mais pequena do que em qualquer um destes países e destaca-se Espanha como exportadora.
Ficha técnica da nespereira
Origem: China
Altura: Geralmente entre 2-3 metros, mas pode crescer muito mais, até cerca de oito metros.
Propagação: Sementes e enxertia.
Plantio: Inverno.
Solo: Solos bem drenados, com pH ácido.
Clima: Subtropical, mas dá-se bem em zonas temperadas.
Exposição: Sol, de preferência.
Colheita: Primavera.
Manutenção: Podas ligeiras, regas e mondas.
Cultivo e colheita
Manutenção
As nespereiras são árvores de folha perene, e as podas nesta planta não são habituais, exceto para eliminar ramos doentes ou secos. Geadas, ventos fortes e temperaturas abaixo dos -3 oC podem ser fatais para a planta ou pelo menos impedir a floração e frutificação com sucesso. Temos de ter em atenção que a floração da nespereira ocorre durante os meses mais frios e chuvosos no nosso País.
Embora as nespereiras sejam normalmente cultivadas sem grandes cuidados, muitas vezes a partir de simples caroços, há certas práticas culturais que podem melhorar muito a qualidade dos frutos e o volume da colheita. Uma delas é a adubação, pelo menos duas vezes por ano, uma no fim do verão e outra depois do aparecimento dos frutos, evitando usar adubos muito ricos em azoto e preferindo reforçar os teores de potássio e de fósforo. Outra das práticas é a rega, que devemos efetuar se houver um longo período de seca.
Pragas e doenças
Podemos dizer que as nespereiras são muito rústicas e resistentes a pragas e doenças, mas não são invulneráveis. Tripes, moscas-da-fruta e pulgões podem afetar as nespereiras, sobretudo quando ainda são jovens. A prevenção é sempre a melhor opção, para evitar depois o prejuízo.
Quanto a doenças, a nespereira é sensível à antracnose e a doenças fúngicas, especialmente o pedrado da nespereira. Segundo o grau de infeção, esta doença pode destruir por completo a colheita do ano, com prejuízos próximos dos 100 por cento. O modo mais usual de prevenção é a pulverização com calda bordalesa antes da abertura das flores. Isto pode evitar muitos dissabores futuros.
Propriedades e usos
Por vezes as nespereiras são cultivadas com fins ornamentais, em jardins e parques. Isso também ajuda a fauna a obter alimento na primavera, uma época em que muitas outras árvores ainda não frutificaram.
Também são usadas para fins medicinais, e a madeira da nespereira para fins de carpintaria e de marcenaria, nomeadamente a construção de instrumentos de cordas com caixa de ressonância. As nêsperas, com o seu sabor agridoce podem ser consumidas ao natural, mas também cozinhadas ou em conserva. Licores e outras bebidas alcoólicas são feitos a partir deste fruto. As nêsperas têm um elevado teor de vitamina A, vitamina B6, de fibra, de potássio e de manganés. O alto teor de vitamina A tornam-na um fruto muito benéfico para a visão, a pele e o sistema imunitário.
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