Frutícolas

Fruteira do mês: Jujuba ou tâmara-chinesa

A jujubeira, no Algarve, é conhecida por azufaifo e é rica em vitamina C e alguns minerais, como ferro ou potássio.

A jujubeira mais comum (Ziziphus jujuba) é uma planta com origens na Ásia, desde o Médio Oriente, partes da Índia e da China. Cultiva-se há longo tempo no sul da Europa, já desde o tempo da Roma Antiga e foi introduzida em muitas outras regiões.

O seu fruto chama-se jujuba, mas também tâmara-vermelha ou tâmara-chinesa.

A jujubeira é uma planta de folha caduca cujo fruto tem sido usado como alimento em zonas muitas vezes de solos pobres.

Existem várias outras espécies, de frutos e aspeto similares, algumas originárias da zona sul da Europa. Está cada vez mais presente em jardins e coleções.

Ficha técnica da jujubeira (Ziziphus jujuba)

Origem: Médio Oriente, Índia e China.

Altura: Entre 5 a 12 metros.

Propagação: Sementes e rebentos-ladrões.

Plantio: Fim do inverno e primavera.

Solo: Vários, desde que bem drenados.

Clima: Subtropical. Dá-se bem em climas secos e em climas temperados.

Exposição: Sol pleno.

Colheita: Outono.

Manutenção: Regas, mondas, podas ligeiras.

Cultivo e colheita

A jujubeira é um arbusto bastante ramificado e com pequenos espinhos, que a tornam resistente a climas secos, pelo que é cultivada em zonas do Médio Oriente, Ásia Central e Mediterrâneo.

É parcialmente autofértil, embora produza melhor com polinização cruzada. Em Portugal, produz sobretudo no Algarve, onde é conhecida sob o nome de azufaifo.

Apesar de ser originária de climas quentes, a jujubeira resiste a temperaturas negativas, embora perca as folhas no outono em muitas regiões.

As formas mais comuns de propagar a jujubeira são por sementes e pelo uso de rebentos-ladrões, que dão origem a novas plantas. Em países menos quentes, como o nosso, devem ser cultivadas a sol pleno, em locais abrigados e sem geadas.

A melhor época para o plantio é no fim do inverno, início da primavera e a colheita dos frutos ocorre durante o outono. Plantar duas plantas, pelo menos, é o indicado para uma melhor polinização e frutificação.

As jujubas são sobretudo ricas em vitamina C, contendo quantidades mais pequenas de vitaminas A e do complexo B e alguns minerais, como ferro ou potássio.

Manutenção

A jujubeira é uma planta que não requer muita manutenção. Pequenas podas podem ser efetuadas para dirigir ou corrigir a formação da árvore. Também serve para controlarmos o tamanho da jujubeira.

São necessárias regas durante o verão, bem como adubação durante o período de crescimento na primavera. O controlo das infestantes e as sachas também são benéficos para a planta.

Pragas e doenças

A jujubeira é resistente a pragas e doenças em geral, embora, na China e na Coreia, existam doenças endémicas que afetam a jujubeira e a sua frutificação.

Na Europa, bem como nos EUA, as plantas resistem a doenças com facilidade; o que mais atinge as produções de frutos são as larvas de insetos que crescem à medida que consomem os frutos e diminuem bastante o volume das colheitas.

Como com outras frutíferas, o importante é vigiar e prevenir.

Propriedades e usos

Os frutos são consumidos ao natural ou sob a forma de doces. Contém um caroço único, parecido com o da azeitona. O seu sabor não é dos mais apreciados entre as frutíferas.

Quando de cor exterior ainda verde, já podem ser consumidos; o seu sabor assemelha-se ao das maçãs. Deixados mais tempo na planta, tornam-se mais escuros, quase da cor do mogno, e esponjosos, com sabor parecido com o das tâmaras secas.

Podem ainda ser secos por completo, ficando com o aspeto de passas de uva, de forma a serem conservados por mais tempo, durando, em condições ideais, cerca de um ano.

Na China, as jujubas são consumidas de muitas formas, não só em fresco e em seco, mas também em sobremesas, em pickles ou fumadas.

As jujubas são sobretudo ricas em vitamina C, contendo quantidades mais pequenas de vitaminas A e do complexo B e alguns minerais, como ferro ou potássio.

Além do seu uso culinário, as jujubas têm utilizações medicinais nas medicinas tradicionais chinesa e coreana, sendo o fruto e as sementes utilizados como anti-inflamatórios e antistresse.

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