Plantas

A oliveira, uma árvore mediterrânica

oliveira

A oliveira é uma árvore resistente e de grande longevidade, que pode alcançar milhares de anos. A mais antiga de Portugal diz-se que tem 3350 anos.

Origem

A oliveira é uma árvore de fruto originária do Mediterrâneo Oriental, (atuais Palestina e Síria) e também do Norte do Irão, tendo-se daí espalhado por toda a bacia do Mediterrâneo e um pouco mais além.

É uma árvore de grande simbolismo e de cultivo muito antigo. Possui uma baixa estatura e tronco retorcido, com uma madeira rija, utilizada para lenha pelo seu poder calorífero e queima lenta, ao contrário das lenhas resinosas.

Cultivo e colheita

A oliveira é extremamente rústica em Portugal, aguentando graças às suas longas raízes vastos períodos de seca. Em Portugal, os maiores olivais concentram-se a sul do Tejo, onde a monocultura do trigo tem dado cada vez mais lugar à vinha e ao olival, até ao olival de cariz intensivo. Resistente ao frio do inverno, a oliveira dá-se bem em solos relativamente pobres graças às suas raízes profundas.

A propagação da oliveira é vegetativa, e a plantação costuma ser feita no fim do outono, ou início da primavera.

A floração ocorre em maio e nem todas as variedades são autopolinizáveis; algumas necessitam de outra variedade para a polinização ocorrer. A época de colheita da azeitona varia consoante a região do País, mas costuma iniciar-se em novembro e prolongar-se até janeiro.

Manutenção

De manutenção fácil, a oliveira resiste bem a extremos de frio e de calor. Resiste bem à seca, embora também se faça por vezes o seu cultivo em regadio.

De qualquer modo, a rega é importante nos meses mais quentes. O final de janeiro e março é a altura em que se costuma fazer a adubação, quando a árvore se prepara para entrar no período de maior crescimento vegetativo.

O olival deve ser mantido limpo por meio de sachas e mondas. A poda também é importante, visto que a oliveira dá frutos nos ramos do ano anterior, pelo que a poda de renovação é essencial.

Quanto à poda de formação, tenta-se obter um tronco até cerca de um metro e ramos em forma de taça para haver uma boa penetração da luz.

Flores de oliveira

Pragas e doenças

Apesar de a oliveira ser uma árvore bastante rústica e resistente, existem diversas pragas que a atacam. Podemos destacar por exemplo a mosca-da-azeitona, que estraga os frutos, a traça-da-oliveira e a cochonilha-negra-da-oliveira.

Em termos de doenças existem, por exemplo, a gafa, e o olho-de-pavão, duas doenças fúngicas, entre outras, que afetam a oliveira e que causam grandes prejuízos nos olivais e na produção de azeitona.

Propriedades

Além de as folhas de oliveira serem utilizadas em mezinhas e tratamentos naturais, um dos principais produtos da oliveira é o azeite, esse óleo precioso que se extrai da azeitona e que desde os tempos milenares é utilizado para alimentação, com fins medicinais e para iluminação.

Existem variedades mais voltadas para a produção de azeite e outras voltadas para o consumo em conserva, já que nem todas as variedades se conservam bem. Algumas das mais comuns para a produção de azeitona de mesa são a “Galega”, a “Carrasquenha”, a “Cordovil de Castelo Branco”, a “Maçanilha Algarvia” e a “Verdeal”.

Azeitonas

As azeitonas não são comestíveis no seu estado natural; pelo que necessitam de ser processadas para perderem o sabor muito amargo, intragável mesmo.

Devemos evitar o consumo das azeitonas processadas industrialmente ou enlatadas, devido aos químicos que são utilizados no processo de curtição. Para quem não tem as suas próprias azeitonas, encontram-se à venda nos mercados azeitonas para curtir em casa, o que pode ser feito segundo processos artesanais e tradicionais, muito mais saudáveis.

As azeitonas são ricas em minerais, mas também em vitaminas A, C e do complexo B, embora sejam calóricas. Por seu lado, o azeite é dos óleos mais saudáveis para a alimentação humana e ajuda a prevenir diversos tipos de doenças.

B.I.

Nome científico: Olea europaea

Origem: Mediterrâneo Oriental e Norte do Irão.

Altura: Até 4 m em cultivo, embora possa alcançar muito mais.

Propagação: Vegetativa por estaquia ou enxertia.

Plantio: Fim do outono ou março, consoante a região do País.

Solo: Solos com textura fina, profundos e bem drenados, ligeiramente alcalinos.

Clima: Muito rústica no nosso País, maior concentração a sul do Tejo.

Exposição: Zonas soalheiras.

Colheita: A partir de novembro até janeiro.

Manutenção: Podas, limpeza de infestantes, e rega nos meses mais quentes.

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