Nomes comuns: Goiabeira, goiabada, pera-goiaba, ou araçaguaçu.
Nome científico: Psidum guajava ou P. Pommiferum.
Origem: América (zonas tropicais), Brasil e México.
Família: Mirtáceas.
Factos históricos/curiosidades: Em Inglaterra, a goiaba é chamada “fruta da geleia”, porque é muito consumida nessa forma. As sementes da goiabada são muito resistentes e foram transportadas no estômago de pássaros para serem semeadas através dos dejectos em várias áreas tropicais.
Descrição: Árvore, rústica que pode ter 2-9 metros de altura, com o tronco de diâmetro de 10-30 cm, apresentando quase sempre cascas que se destacam.
Polinização/fecundação: As flores brancas, surgem nos ramos novos no verão, podem ser numerosas, isoladas ou em pequenos grupos, colocadas nas axilas dos ramos. A sua polinização é fácil, pois as flores abrem-se por completo para a visita dos insectos que são muito atraídos. É preciso apenas uma árvore para ter frutos.
Ciclo biológico: Começa a produzir aos 3-4 anos e tem plena produção aos 6-7 anos. A goiabeira pode chegar aos 20-30 anos, mas a produção começa a diminuir aos 10 anos de vida.
Variedades mais cultivadas: Existem dois grandes grupos de goiabas (mais importantes):
- Variedade tipo maçã, arredondada de polpa vermelha, como a “maçã vermelha cascuda”, “Red Indian”, “Ruby”, “Pink Indian” e “Dominica Red”.
- Goiaba piriforme de polpa branca ou rosada, como a “Pêra”, “Supreme”, “Large White”.
Parte comestível: O fruto chamado goiaba é uma baga com 25-100 mm de comprimento, piriforme ou oval, com polpa perfumada, rosada, vermelha ou branca. A casca é amarelo-esverdeada. Tem sabor, aroma e perfume muito característico e intenso.
Condições ambientais
Tipo de clima: Tropical, subtropical e até temperado Mediterrânico (Portugal).
Solo: Pouco exigente em solos, mas prefere solos permeáveis mais arenosos, profundos e férteis. Os solos de textura média são os melhores para esta cultura. O pH ideal é de 5,5- 6.
Temperaturas: Ótimas: 24-27ºC Min: 0ºC Máx: 40ºC Paragem do desenvolvimento: 0ºC Morte da planta: -2 a -3ºC.
Exposição solar: Sol pleno (2300 horas/ano).
Quantidade de água: 1500-2500 mm/ano.
Humidade atmosférica: Entre os 50-80%.
Altitude: 0-800 m.
Fertilização
Adubação: Estrume de curral, peru e porcos, composto e farinha de ossos. Existem relatos de bons resultados com aplicação de cinza de madeiras. Pode regar com chorume de bovino, bem diluído.
Adubo verde: Feijão e outras leguminosas.
Exigências nutritivas: 1:2:1 (N:P:K).
Técnicas de cultivo
Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente com uma charrua e passar a grade de discos, no fim de outono.
Multiplicação: Por semente (mais usado) e por estacaria.
Data de plantação: Primavera em dia chuvoso.
Compasso: 5 x 5 m ou 6 x 6.
Amanhos: Gradagens com grade de discos, para destruir ervas daninhas; poda de limpeza no inverno e revestir os cortes com calda bordalesa ou mástique.
Consociações: Apenas nos primeiros anos com amendoim, soja, feijão, batata doce, cebola, alho e abóbora.
Regas: Gota-a-gota, durante o verão.
Entomologia e patologia vegetal
Pragas: Cochonilhas, thrips, nemátodos.
Doenças: Vários fungos, como, Phitophthora, Armillaria, Botrytis, Sclerotinia.
Acidentes/carências: Sensível a ventos fortes (30 km/h) e golpes de Sol.
Colheita e utilização
Quando colher: Setembro/outubro, 3-4 meses depois da floração. Deve-se colher sempre de manhã.
Produção: 10-25 kg/ano, em plena produção. Em climas tropicais pode ir até aos 60-70 kg de frutas.
Condições de armazenamento: A 7-8ºC com 80-85% de humidade relativa.
Valor nutricional: Ricas em vitamina B e C, com elevado teor em açúcares, ferro e cálcio.
Usos: Na indústria doceira (goiabada, xaropes, gelados e geleia), em sumos e como fruto fresco. A nível medicinal, a fruta é laxativa e as folhas e cascas da goiabeira são utilizadas em infusões contra a diarreia.
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