O fruto da pitangueira serve para preparar doces, geleias tartes, gelados, licores e sumos. A madeira é utilizada na confeção de ferramentas e instrumentos agrícolas. As folhas são usadas para combater a febre, gripes diarreia, gota e reumatismo.
Nomes comuns: Pitanga, pitangueira, pitanga do mato, cereja da Caiena, cereja de Suriname, tupi-guarani, cereja brasileira ou pomarrosa.
Nome científico: Eugenia michelli Lam., E uniflora, cambs, E pitanga Berg.
Origem: Brasil (Amazónia oriental) e norte da Argentina.
Família: Mirtáceas.
Factos históricos: O significado de Pitanga vem do guarani “piter”– que significa beber e “anga” – cheiro, perfume, ou seja “perfume que se bebe”. Outra teoria diz-nos que o nome vem da língua Tupi “Pi’tana”, que significa avermelhado. O Brasil é o principal produtor deste fruto que vai quase todo para a indústria de transformação, pois a pitanga é muito de variedades locais, conhecidas como “Pitanga do cerrado” e “pitanga de cachorro”.
Parte comestível: Fruto – é uma baga com 1-4 cm de diâmetro de forma globosa e cores vermelho-cereja, amarelo, púrpura, negra e branca. A polpa é geralmente vermelha, sucosa, macia agridoce, perfumada, saborosa. O fruto pode pesar 4-8 g.
Condições ambientais
Tipo de clima: Tropical e Subtropical.
Solo: Gosta mais de solos leves, arenosos, silico-argilosos, profundos, bem drenados húmidos, ricos em matéria orgânica e férteis. Não gosta de solos alcalinos; o melhor é de 6,0-6,5.
Temperaturas: Ótimas: 23-27ºC Min: 0ºC Max: 35ºC
Paragem do desenvolvimento: -1ºC.
Exposição solar: Sol pleno.
Quantidade de água (Pluviosidade): 1.500mm/ano.
Humidade atmosférica: Alta a media, 70-80%.
Altitude: Pode ir até aos 1000 m.
Fertilização
Adubação: Com estrume de cabras, peru, porco, bem decompostos. Farinha de ossos e composto. Adubo verde: feijão, soja e favas.
Exigências nutritivas: 1:1:1 (N:P:K).
Técnicas de cultivo
Preparação do solo: Lavrar e passar uma grade, ao mesmo tempo que se junta estrume, composto ou adubo verde.
Multiplicação: Por semente (tem um bom poder germinativo), demoram 2 meses a germinar.
Data de Plantação: No outono-inverno.
Conssociação: Feijão e soja.
Compasso: 3 x 4 m, 4 x 4m, 5 x 5 m.
Amanhos: Monda de ervas, escarificações, podas de limpeza.
Regas: Gota-a-gota, na altura da plantação, floração e frutificação.
Entomologia e patologia vegetal
Pragas: Mosca da fruta, broca.
Doenças: Ferrugem.
Acidentes/carências: Não gosta de geadas.
Colheita e utilização
Quando colher: Cinco a oito semanas depois da floração. Para a indústria deve ter 6º Brix (mínimo). O fruto é muito sensível e deve ser consumido no máximo dois dias depois da colheita.
Produção: 5-20 Kg/planta/ano ou a partir do 6º ano 9,0 t/ha.
Condições de armazenamento: Não costuma ser armazenado, apenas congelado.
Melhor época de consumo: Primavera-verão.
Valor nutricional: Fonte de calorias (38-40 Kcal/100g polpa), rico em vitamina A e C, complexo B e algum, cálcio, ferro e fósforo.
Época de consumo: Primavera e outono.
Usos: Para consumir em fresco, preparar doces, geleias tartes, gelados e licores e sumos. A madeira é utilizada na confeção de ferramentas e instrumentos agrícolas. Medicinal: As folhas são usadas para combater a febre, gripes diarreia, gota e reumatismo. A presença de licopeno, torna esta planta num poderoso antioxidante.
Dica
As pitangueiras são ótimas plantas para formar sebes ou “cercas” (semelhantes aos buxos), adaptando-se muito bem as podas. A planta também é muito apreciada pelas abelhas que elaboram um mel muito saboroso.
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