O que fazer para salvar a sua orquídea do frio?
Quando as temperaturas baixam, as nossas orquídeas comportam-se de formas variadas, dependendo do género. Há, no entanto, procedimentos comuns que devemos ter em conta quando as temperaturas descem para valores que possam colocar em perigo as nossas plantas.
Primeiro que tudo, há que saber que temperaturas temos no local onde estão as nossas orquídeas. Sem isso só podemos fazer suposições, o que nunca é correto quando a vida das plantas está em jogo.
Assim, é importante a compra de um termómetro. Hoje em dia já se encontram facilmente termómetros de jardim digitais em qualquer centro de jardinagem ou nas grandes superfícies comerciais, a preços acessíveis a todos. Os mais adequados são os termómetros-higrómetros (num só aparelho), com uma pequena pilha, que medem a temperatura e a humidade, indicando os valores máximos e mínimos que ocorrem no local. Não são nada complicados de usar e são valores preciosos para quem cultiva orquídeas, seja no exterior, em estufas ou em casa, num parapeito de janela.
Veja o vídeo:
É muito comum responderem-me que onde têm as orquídeas não está muito frio e depois, quando vamos medir a sério, chega-se à conclusão de que afinal, durante a noite, enquanto nós estamos no quentinho das nossas camas, as temperaturas onde temos as orquídeas baixam para níveis aos quais, para as plantas, é difícil sobreviver. E as nossas plantas começam a amarelar, a enrugar ou a perder as folhas até a um ponto de difícil salvação. Para isto bastam uns dias mais frios.
Escolhas a fazer
Supondo que ninguém gosta de assistir à morte das suas plantas, depois de sabermos com que temperaturas lidamos nos nossos locais de cultivo, há que escolher orquídeas que se adaptem aos valores que temos ou optar por aquecer artificialmente o espaço. Isso pode ser feito utilizando um simples aquecedor a óleo ou a gás, com ventiladores que aquecem o ambiente, ar condicionado ou aquecedores especiais para espaços húmidos com plantas.
Tudo tem de ser pensado e feito de modo a ter um espaço seguro; não esquecer que estamos a trabalhar com aquecedores e locais húmidos, a controlar os gastos de energia e a manter as plantas saudáveis.
Comportamento face ao frio
O que temos mesmo de saber é que orquídeas temos em casa ou que orquídeas vamos adquirir e se são originárias de ambientes mais frescos, temperados ou quentes. Só assim podemos responder às suas necessidades. Os ambientes climáticos variam consoante a localização geográfica e também a altitude a que as plantas vivem na Natureza. Se são espécies encontradas em zonas de baixa altitude, os valores serão com certeza diferentes dos de espécies de montanha, a maiores altitudes.
Assim, temos, por exemplo, as Vanda e as Phalaenopsis, de climas quentes e que não resistem a temperaturas muito baixas e, por outro lado, os Cymbidium, as Coelogyne cristata, os Dendrobium nobile e muitos Paphiopedilum (sapatinhos), que se adaptam e resistem a temperaturas abaixo dos dez graus, beneficiando mesmo da queda das temperaturas para estimular a floração.
E isto, no grande mundo das orquídeas, é unicamente um exemplo. Se tivermos muitas variedades, nunca conseguiremos cultivá-las todas com sucesso no mesmo espaço porque elas têm necessidades diferentes. Outros exemplos de diferentes comportamentos face ao frio são as Lycaste, os Catasetum e alguns Dendrobium que deixam cair as folhas no inverno, ficando só os pseudobolbos carnudos, que, durante os meses mais frios, entram em dormência, as regas são mínimas e não se fertiliza, a planta suspende as suas atividades, não há novos rebentos, não há flores. Esperam-se dias melhores. E há outros exemplos. O importante é conhecer as orquídeas.
Todo este artigo é para que tenham em consideração a importância da temperatura no cultivo das vossas orquídeas. Será talvez o fator mais importante no seu cultivo.
Deixo-vos algumas fotos do que tenho em flor nesta época.
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