Pragas e Doenças

Percevejo-das-couves

Este é um inseto que hiberna no inverno e que deve ser combatido para que não reapareça na primavera.

Nome comum: Percevejo-da-couve, percevejo, inseto crucífero, inseto-do-repolho ou inseto-das-brássicas.

Nome científico: Eurydema oleraceum.

Características

É um inseto de forma oval e tamanho médio, que pode ter a cor amarela (as ninfas são quase todas amarelas), azul-verdoso escuro, vermelho, creme, branco ou laranja com reflexos metálicos e manchas brancas e negras. O adulto mede 6-10 mm de comprimento e 4 mm de largura. Os ovos são cilíndricos verdes e aparecem em conjuntos de 12.

Ciclo biológico

Passa o inverno no estado adulto, refugiado em abrigos naturais (troncos, folhas, pedras, etc.). Na primavera (abril), depois de algumas semanas (3-5) de se alimentarem de folhas, as fêmeas são fecundadas e põem os ovos cilíndricos, alinhados em pequenos grupos (cerca de 12 ovos), na página inferior das folhas das couves. Este procedimento repete-se 4-7 vezes em vários locais da planta até atingir um total de 48 a 84 ovos. Ao fim de 9-15 dias, nascem as ninfas (passam por quatro fases), que ficam algum tempo nas cascas dos ovos antes de os abandonarem. Em junho, depois de passados 45-60 dias, atingem a fase adulta e, em julho, voltam a copular e a pôr mais ovos, dando assim origem à segunda geração (por vezes, esta segunda geração não existe), que termina em agosto-setembro, com a chegada à fase adulta. No outono (outubro), escondem-se na vegetação seca e “hibernam” até a primavera seguinte.

Plantas mais sensíveis

Todo o tipo de couves, rabanetes, rábanos, nabos, mostarda-branca, colza, agrião, mas também (menos frequente) em cereais e batatas.

Danos

Estes insetos podem ser vistos durante o dia a alimentarem-se das folhas, flores, frutos e sementes, escondendo-se no solo ou na página inferior das folhas durante a noite. São mais sensíveis em couves jovens, acabadas de plantar ou novos rebentos. Devido às picadas, nota-se um irregular crescimento das plantas e o aparecimento de manchas ou zonas cloróticas no limbo das folhas, podendo causar necroses, dessecamento e desprendimento das folhas. As picadas podem ser vias de entrada para doenças criptogâmicas que podem levar a morte da planta.

Combate biológico

Prevenção/aspetos agronómicos

Retirar o percevejo manualmente; plantar mostarda-branca para atrair os percevejos e ser mais fácil a captura; realizar rotações de 4-5 anos; limpar as ervas daninhas, especialmente as crucíferas espontâneas; não plantar crucíferas (couves) nos locais que foram “atacados”; plantar plantas com flores que atraiam sirfídeos e outros auxiliares (rúcula selvagem, coentros, funcho, alcachofras, etc.).

Luta química biológica

Aplicação de inseticidas com piretrina natural.

Luta biológica

Sirfídeos (Scelionidae), insetos predadores da família da Nabidae (Clytiomya continua), algumas aranhas e formigas.

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