Árvores para o jardim

 

Inspirações da paisagem e dos jardins toscanos para os nossos jardins.

 

Foram muitas as paisagens, as plantas e os produtores que vimos na viagem pela Itália, principalmente pelas belas paisagens toscanas.

Neste artigo quero apenas destacar algumas das árvores que me chamaram mais a atenção, desde os emblemáticos ciprestes e as oliveiras sempre presentes até alguns citrinos tão ornamentais ou as Lagestroemia, que encantaram com a sua floração cor-de-rosa e o seu tronco
escultural.

 

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Cipreste

Cupressus sempervirens
Cupressus sempervirens stricta

 

 

Os ciprestes, árvores marcadamente mediterrânicas, são a imagem de marca da Toscana, aparecem um pouco por todo o lado, a marcarem os caminhos, a indicarem-nos as casas e as povoações ou apenas em manchas, pintando a paisagem dos montes e vales toscanos, que sem eles não seriam o mesmo.

Os utilizados são normalmente os mais estreitos var. stricta ou o sempervirens.

Os ciprestes precisam de algum espaço para se desenvolverem, gostam de solos com alguma profundidade e, embora aguentem secura, não gostam de muito calor no seu sistema radicular. Se lhes dermos estas condições, são plantas que vão crescer e desenvolver-se em ótimas condições. Não precisam nem gostam de grandes podas. Apenas de manter a forma se for necessário.

 

Oliveira

Olea europea

 

 

Mais uma árvore representativa da flora e da cultura do Mediterrâneo que aparece um pouco por todo o lado na paisagem toscana, muitas vezes lado a lado com o cipreste. O contraste da forma e da cor destas duas árvores é muito bonito e enriquecedor desta paisagem.

Esta é uma árvore já muito usada em Portugal, quanto a mim por vezes até demais e podada das mais diversas formas, mas gosto muito desta versão da oliveira usada em jardins na sua forma natural, sem grandes podas, ou misturada com o cipreste ao longo de caminhos, encostas, etc.

É uma árvore muito resistente e que se dá bem em quase todo o tipo de local desde que tenha horas de sol direto e um solo bem drenado. Também é das árvores mais fáceis para se ter em vaso. Pode ser podada ligeiramente para se ir mantendo a forma e garantir a produção de fruto.

 

Limoeiro

Citrus limon “lunário”

 

 

Os citrinos foram introduzidos pelos Médici na Toscânia nos jardins e desde ai passaram a ser uma moda que nunca mais passou. Primeiro, tinham a “casa do limão“ o equivalente francês da orangerie, onde no inverno guardavam os vasos de citrinos, que eram centenas, e que colocavam nos jardins durante a primavera e verão. Vimos isso no Palácio Médici, no Jardim de Boboli, etc. Um dos limoeiros mais usados para ornamentar os jardins como árvore, em espaldeira (agarrado à parede) ou em pérgula é o da variedade “lunário”.

Precisa de muitas horas de sol, de um substrato rico em matéria orgânica, de regas regulares e de fertilização regular, de preferência orgânica.

 

Árvore-de-júpiter

Lagestroemia indica

 

 

Esta é uma árvore que vi em muitos jardins em Itália e que também aparece em Portugal. Muito bonita com a sua floração cor-de-rosa mais clara ou mais escura, é uma árvore de folha caduca, mas a beleza dos seus troncos transforma-a numa escultura no inverno.

Cresce até 4-5 m de altura e 3-4 m de diâmetro. Gosta de zonas com sol, tolera algum frio. Não deve ser sujeita a podas violentas, apenas de limpeza se necessário.

 

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