Nomes comuns: hortelã, hortelã-comum, hortelã das cozinhas, hortelã das hortas, hortelã dos temperos, hortelã-verde, hortelã rasteira, erva boa e menta verde, menta romana e menta enrugada.
Nome científico: Mentha spicata L. (Mentha longifolia x M.rotundifolia).
Origem: Europa (região mediterrânica), Ásia e África, tem origem híbrida.
Família: Lamiáceas (Labiadas).
Características: planta herbácea, vivaz, rasteira (30-100 cm) que, em alguns casos, pode atingir 60-70cm de altura com folhas ovado-lanceoladas, ligeiramente rugosas, de forma lanceolada e verde-escuras. Os rizomas são grossos, tenros e arroxeados e podem atingir 1m de comprimento. As flores são agrupadas e de cor purpúrea e aparecem no verão (Junho-Outubro).
Factos históricos: As numerosas variedades de hortelã, entre as quais a hortelã vulgar que é utilizada desde o antigo Egito, sendo utilizada para fins medicinais e para aromatizar bebidas e diversos pratos. Em Portugal é muito utilizada no Norte e no Sul do país.
Ciclo biológico: Perene.
Variedades mais cultivadas: Existem variedades crispadas, variegadas, verdes escuras, verdes claras.
Parte utilizada: Folhas e flores.
Condições ambientais
Solo: Gosta de solos, frescos areno-argilosos, francos com boa quantidade de matéria orgânica e calcário. Devem ser profundos, ligeiramente húmidos, permeáveis e com pH entre 6-7,0.
Zona climática: Temperada e sub-tropical.
Temperaturas: Ótimas: 18-24ºC Temperatura crítica mínima: 5ºC ; Temperatura critica máxima: 35ºC; Zero da vegetação: -2ºC.
Exposição solar: sol pleno ou parcial. Altitude: 1000-1500 m.
Humidade relativa: média a alta.
Precipitação: deve ser regular.
Fertilização
Adubação: Com composto rico em estrume de vaca e ovelha. Pode ser regado com chorume de vaca bem diluído.
Adubo verde: azevém, luzerna e favarola.
Exigências nutritivas: 1:1:3 (de azoto de fósforo: de potássio) + cálcio.
Técnicas de cultivo
Preparação do solo: Limpe os solo de pedras e restos de culturas. Lavre o solo superficialmente (15cm) e escarifique para ficar bem esmiuçado e nivelado.
Data de plantação/sementeira: outono/ fim do inverno.
Tipo de plantação/sementeira: vegetativa por divisão de caules, que enraízam com muita facilidade.
Profundidade: 5-7 cm.
Compasso: 30-50 na fila e 50 cm entre as filas.
Transplantação: outono.
Consociações: Junto de couves e favas, pois esta planta repele alguns afídeos e pragas das couves. Com alface, pois dá-lhe um sabor mais agradável.
Amanhos: mondas de ervas daninhas, controlar a planta para não se tornar evasiva e sachas.
Regas: Por aspersão sempre que o solo esteja seco.
Entomologia e patologia vegetal
Pragas: afideos e nemátodos.
Doenças: verticillium, ferrugem e antracnose.
Acidentes: não tolera a falta de humidade.
Colheita e utilização
Quando colher: Durante Novembro-Abril, sempre que quiser retirar folhas. Um pouco antes da floração (para a obtenção de óleo essencial). Para as folhas podem ser feitos três cortes anuais.
Produção: Cada planta produz 10-16 tm/ha /ano.
Condições de armazenamento: Durante 3 a 4 dias no frigorífico, mas a maioria é seca sobre papel em ambiente seco, sem luz e ventilado e armazenada em sacos para venda.
Valor nutricional: O óleo essencial com carvona, limoneno e outros constituintes.
Usos: na culinária é utilizada para aromatizar sopas, açordas, bebidas, chás, saladas, e gelados. Utilizada para problemas de indigestão (estomacais), calmante, expetorante e vermífuga. O óleo essencial é utilizado para aliviar bronquites.
Conselho técnico: Trata-se de uma cultura que gosta de zonas húmidas e nestas condições pode tornar-se invasora. Não necessita de grandes cuidados, por isso recomendam o cultivo desta aromática para os agricultores de fim de semana. Também pode ser utilizada para atrair as abelhas e repelir afídeos, escaravelhos, pragas das couves e ratos.
Foto: Pedro Rau
Leia também: Como cultivar hortelã
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