Revista Jardins

Fragrâncias com marca

A palavra perfume deriva do latim “per fumum”, que significa através do fumo. Supõe-se que os primeiros perfumes tiveram origem no Egito, através da queima de substâncias aromáticas e da aplicação no corpo de óleos perfumados.

Mais tarde, na Índia e no Japão, a utilização dos perfumes não era feita diretamente no corpo, usando-se num saquinho ao pescoço.

Posteriormente, foi a Roma Imperial que se distinguiu no desenvolvimento da arte de confecionar perfumes. A fragrância de cada perfume, resultado da combinação de diversos aromas, confere a identidade com a sua marca.

Destacamos a origem de alguns aromas: frutado (como o pêssego, damasco, abacaxi, melão, maracujá e a manga); floral (como a flor de muguet, flor de laranjeira, frésia, violeta, jasmim, rosa, gardénia); amadeirado (madeiras clássicas como o cedro, o sândalo), oriental (anis, canela, noz-moscada, pimenta, gengibre), aromática (mistura de aromas cítricos, lavandas e especiarias orientais).

Atualmente existem mais de 30 mil fragrâncias. E cada novo perfume que é lançado tem uma aura de mistério e romance.

FRÉSIA (Freesia spp.)

Plantas bolbosas, originárias da África do Sul. As suas flores estão dispostas em cachos e são muito aromáticas.

Este género tem muitas espécies que apresentam diferentes cores, geralmente fortes, que vão desde um azul puro, passam pelo púrpura e chegam ao branco.

Família:

Iridaceae

Altura:

Depende da espécie (até 45 cm).

Época de plantação:

Abril-maio; agosto-dezembro

Profundidade de plantio ideal:

Cerca de 3-5 cm.

Condições de cultivo:

Sol ou meia-sombra e solo bem drenado.

LARANJEIRA-DOCE (Citrus sinensis (L.) Osbeck)

Árvore de porte médio, com a copa arredonda ou oval, originária do Sueste da Ásia, Nordeste da Índia ou do Sul da China. As suas folhas são simples, de forma elíptica e coriáceas.

As suas flores, de cor branca ou rosada, são extremamente aromáticas, começam a despontar durante o mês de março. O seu fruto, comestível, é a laranja.

Família:

Rutaceae

Altura:

10 metros

Propagação:

Estacaria e enxertia

Época de plantação:

Prefere a época da primavera para garantir a boa recuperação das raízes antes da chegada do inverno.

Condições de cultivo:

Prefere um local ensolarado, abrigado dos ventos e da geada. Aprecia solos ricos e profundos, de textura arenosa e arejados.

Manutenção:

Para evitar a ocorrência de cochonilhas, pulgões e ácaros, aplicar todos os meses na folhagem cinco colheres de sopa de sabão líquido num litro de água morna com um spray.

Curiosidades:

Do género Citrus existem várias outras espécies, como: Citrus aurantium L. (laranjeira-azeda), Citrus deliciosa Ten. (tangerineira) e Citrus limon (L.) Burm. (limoeiro).

MUGUET, LÍRIO-DO-VALE OU LÁGRIMAS-DE-NOSSA-SENHORA (Convallaria majalis L.)

Herbácea rizomatosa de pequeno porte, nativa da Europa. A sua disposição ereta e leve concavidade facilitam o escoamento da água até as raízes. As folhas são lisas, largas, brilhantes, de forma oval e crescem aos pares.

As suas pequenas, delicadas e perfumadas flores, de cor branca, despontam pendentes em inflorescências eretas. Os frutos são bagas pequenas e vermelhas, com sementes duras.

Família:

Asparagaceae

Altura:

Até 25 cm.

Propagação:

Sementes ou divisão de planta.

Época de plantação:

Início da primavera e início do outono.

Condições de cultivo:

Clima ameno, situações de meia-sombra. Solo fértil enriquecido com matéria orgânica, irrigado regularmente, mas bem drenado.

Manutenção e curiosidades:

A poda das folhas no fim do inverno estimula a renovação da folhagem. Espécie delicada, não aprecia adubações químicas.

Diz-se que os celtas festejavam o muguet no primeiro dia do mês de maio. Em França, Carlos IX (1550-1574) recebeu um raminho de muguet no 1.º dia de maio e instituiu o costume de oferecer muguet nessa data às damas da corte.

No século XX, a comemoração do muguet em França foi associada à Festa do Trabalho – 1 de maio, Dia do Trabalhador – como símbolo de sorte e felicidade.

Das suas flores extraem-se essências utilizadas para perfumaria. Na indústria farmacêutica, a planta é utilizada para fabrico de medicamentos para doenças cardiovasculares.

GARDÉNIA-COMUM (Gardenia jasminoides Ellis)

Arbusto originário da China, e Japão. Caracteriza-se pela sua folhagem densa, perene e de cor verde-escura brilhante. Com época de floração de agosto a fevereiro, as suas flores são de cor branca e muito aromáticas.

O género Gardenia abarca várias espécies, umas de porte arbustivo e outras de porte arbóreo.

Família:

Rubiaceae

Altura:

1 a 3 metros

Propagação:

Por estaca

Época de plantação:

Qualquer altura do ano

Condições de cultivo:

Espécie exigente e precisa de alguns cuidados especiais, tais como solo ácido, muita água e luz, bem como temperaturas frescas e humidade.

Manutenção e curiosidades:

Requer rega abundante, mas deve-se deixar o solo secar parcialmente entre as regas, pois, se a terra estiver constantemente húmida, as raízes podem morrer e, consequentemente, a planta.

Deve aplicar-se um fertilizante para plantas acidófilas enquanto a planta estiver a crescer, mas deve parar de utilizar quando a planta entra em dormência.

Deve podar as gardénias quando estiverem em período de repouso, remover todas as folhas velhas e mortas, pois assim irá incentivar o desabrochar de flores quando a estação de crescimento começar.

A gardénia é uma das flores mais perfumadas que se pode cultivar.

Gostou deste artigo? Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.


Exit mobile version