Saiba como combater este fungo que pode provocar a destruição total da produção de frutos.
Plantas e variedades mais sensíveis: Nespereira
Sintomas/danos:
Ataca todas as partes aéreas da planta, ramos, folhas e frutos. O pedrado produz inicialmente manchas claras de cor verde-olivácea nas folhas que depois ficam escuras (castanhas-escuras ou pretas), de contorno sinuoso.
A infeção desenvolve-se rapidamente, provocando desidratação do limbo e paragem de crescimento do fruto ou deformações no seu desenvolvimento e queda precoce.
Nos jovens ramos, forma-se um cancro castanho-escuro, que provoca o dessecamento da zona superior à infeção. O pedrado ataca o fruto desde o vingamento até a colheita.
A desidratação de jovens ramos serve de porta de entrada a outros parasitas tal como Cytospora.
Época de combate:
Outono-primavera (até maio).
Prevenção/aspetos agronómicos:
Podar todos os ramos fortemente infetados; eliminar ou destruir as folhas caídas, restos de frutos e ramos com sintomas da infeção; tratar, no inverno, com ureia, todas as folhas caídas; podar ramos para arejar o interior da copa da árvore; criar condições para que as minhocas decomponham os restos das folhas mortas; reduzir as fertilizações azotadas; evitar variedades sensíveis (Golden, Nadal, Amadeo, etc.); estar atento ao sistema de avisos e as condições atmosféricas da zona; favorecer a drenagem do solo.
Luta química biológica:
Devem ser realizados dois tratamentos, antes da floração, na altura do intumescimento dos gomos e repetir após a queda das pétalas e sempre que a humidade seja elevada.
Com temperaturas de 15 ºC e a precipitação seja superior a 10 L/m2, recomenda-se a utilização de fungicida.
Se esta aplicação se efetuar nas 24 horas seguintes à precipitação, deve-se usar um fungicida preventivo (pode-se usar produtos contendo enxofre se não se atingir 30 ºC de temperatura diurna).
Utilizar bicarbonato de potássio (máx. de 5 tratamentos por ano), enxofre, polissulfeto de cálcio e calda bordalesa, laminarina (molécula extraída de uma alga castanha bioestimulante) e extrato de cavalinha (planta Equisetum arvense).
Utilizar produtos com substância ativa à base de cobre (hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre). Aplicar no outono, antes da floração e depois da queda das pétalas em intervalos de 21 dias (se as condições climáticas forem favoráveis) até ao início da mudança de cor dos frutos).
Luta biológica:
Tratamentos com Bacillus subtilis (bactéria fungicida) e Trichoderma harzianum (fungos patogenos).
Nome científico:
Fusicladium eriobotryae (cavara) é a forma mais conhecida nas nespereiras, mas a F. pyracanthae e Venturia pyrina também são encontradas nesta planta.
Características:
É uma doença produzida por um fungo imperfeito do género Venturia (classe Ascomyceta), que pode provocar a destruição total da produção e enfraquecimento da árvore.
Começa a manifestar-se com as primeiras chuvas outonais e pode agravar-se com as chuvas primaveris.
Ciclo biológico:
No inverno, o fungo mantém-se vivo nas folhas velhas (do ano anterior) caídas na terra.
O micélio (parte vegetativa dos fungos) também pode permanecer nas fissuras e cancros dos ramos das arvores e permanecer ali até que as condições sejam favoráveis.
O micélio pode continuar a desenvolver-se por via sexual nas folhas mortas e em decomposição, comportando-se como saprófita durante todo o ano.
Os ascos e ascósporos podem ser projetados bruscamente, desde meados de março a junho (mais de 25.000 esporos/m3), e serem transportados pelo vento e pela chuva, para as folhas e outros órgãos herbáceos. Depois penetram, dando-se a infeção.
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