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A leishmaniose canina

cão

 

A leishmaniose canina é uma doença provocada por um parasita, Leishmania spp, e a sua transmissão ocorre quando o flebótomo, inseto semelhante a um mosquito, pica o animal para se alimentar. Pode afetar várias espécies, incluindo o cão e também o ser humano, sendo por isso considerada uma zoonose, daí a importância da sua prevenção.

 

A transmissão de cão para cão ou de cão para pessoas nunca ocorre por contacto direto, sendo sempre necessária a presença do inseto. Em Portugal, a infeção em cães apresenta uma incidência superior quando comparada com a infeção nos humanos.

A leishmaniose canina apresenta maior incidência na região do Mediterrâneo, principalmente no sul da Europa, abrangendo França, Espanha, Portugal, Itália e Grécia. Com as alterações climáticas tem-se vindo a observar um aumento do número de casos da doença, com a disseminação a alastrar-se também para o norte.

A leishmaniose é uma doença de evolução lenta e progressiva, podendo manifestar-se cutânea ou visceralmente. Os sinais clínicos podem desenvolver-se três meses a sete anos após a infeção.

 

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Sintomas

Os sinais são bastante variados e incluem:

  • Lesões cutâneas: queda de pelo e seborreia, prurido, úlceras, nódulos e crescimento anormal das unhas;
  • Perda de peso e/ou diminuição do apetite;
  • Lesões oculares, ósseas earticulares;
  • Lesões nos rins e fígado;
  • Diarreia crónica;
  • Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos;
  • Hemorragias nasais.

 

Prevenção

De forma a prevenir a exposição do seu cão ao flebótomo, aconselha-se a:

  • Evitar passeios nos períodos de maior atividade do inseto: ao amanhecer e entardecer, entre os meses de maio a outubro;
  • Usar redes protetoras nas janelas;
  • Utilizar regularmente desparasitante externo com efeito repelente (coleira e/ou pipeta);
  • Vacinar, pois ajuda a fortalecer o sistema imunitário através da produção de anticorpos.

Até ao momento, os tratamentos no mercado não são 100% eficazes na eliminação total do parasita, apenas reduzem a carga parasitária, motivo pelo qual a melhor proteção contra a leishmaniose canina é a prevenção.

 

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