Pragas e Doenças

Combata a lagarta mineira americana

lagarta mineira americana

Conheça as principais características desta praga e como combatê-la.

Praga

Mineiro, lagarta mineira do tomateiro, submarino, Mineira Americana. (Liriomyza trifolii (Burgess), Liriomyza solani).

Características

São pequenas moscas (dípteros) com 1-2 mm de comprimento de cor amarela-negra, que dão origem a larvas amarelas-alaranjadas que podem ter gerações contínuas, especialmente em estufas em que as temperaturas se situem entre 20-30ºC.

Ciclo biológico

Os adultos vivem cerca de 15-30 dias e alimentam-se do néctar das flores. Depois a fêmea com o ovipositor, fura as folhas, das plantas hospedeiras, causando grandes lesões ou “feridas”. Os ovos ficam depositados entre o parênquima folhear e o pecíolo e o seu número varia, consoante a temperatura (deve estar entre 25-30ºC) e a planta hospedeira, entre os 25-600 ovos. A incubação dura entre 2-5 dias e para, se a temperatura estiver abaixo dos 14ºC; o desenvolvimento larvar é muito rápido, dura 4-7 dias com temperaturas entre os 24-30ºC. Com temperaturas acima dos 30ºC, verifica-se uma mortalidade elevada. Depois de atingirem a maturidade, as larvas chegam o estado de pupa, que é realizada na parte externa das folhas ou no solo. Depois deste estado os adultos saem passado, 1-2 semanas com temperaturas entre os 2030ºC.

Plantas mais sensíveis

Solanáceas (tomateiro, batateira, pimento), melão, cebola, alho-porro, acelga, espinafre, alface, aipo, pepino, ervilhas, feijão, gerbera, crisântemos, entre outras.

Danos/sintomas

Nas folhas (especialmente nas folhas novas), verifi cam-se pequenas “galerias” ou túneis com forma sinuosa. As folhas atacadas secam, deformam-se, acabando por enrolar-se e cair (desfolhações). Nas plantas afetadas, há menor atividade fotossintética, verificando-se um atraso no desenvolvimento e menor produção de frutos. Em ataques intensos, pode levar à morte da planta. Ao furar a planta com o ovipositor, a mosca proporciona aos fungos, vírus e bactérias uma “porta” de entrada para infetar as plantas.

Combate biológico

Prevenção/aspetos agronómicos

Aplicar armadilhas cromotropicas de cor amarela; eliminar as folhas afetadas;

Luta química biológica

A pulverização com óleos minerais (óleo de verão) desencoraja a postura de ovos. A aplicação de “Neem” (substância de origem natural) tem uma forte ação repelente sobre esta praga.

Luta biológica

Utilizar os auxiliares; Diglyphus isaea (vespa que parasita as larvas da mosca, muito utilizado na Europa) 1 por/ m2 em 2 a 3 largadas; Dacnusa sibirica.

Foto: Pedro Rau

Gostou deste artigo?
Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.


Poderá Também Gostar