No verão, os nossos animais de companhia estão mais expostos ao risco de golpe de calor, uma condição grave e potencialmente fatal.
Ao contrário dos seres humanos, que regulam a temperatura através da transpiração por todo o corpo, os animais dissipam calor somente pela língua, nariz e almofadas plantares, o que os torna mais vulneráveis.
Evitar o golpe de calor passa por ações simples:
- Não passear ou exercitar os animais nas horas de maior calor, especialmente entre as 11h e as 17h;
- Garantir sombra e água fresca durante os passeios;
- Em viagens de carro, manter o veículo ventilado, com janelas abertas ou ar condicionado, e realizar paragens a cada duas horas para oferecer água fresca;
- Nunca deixar o animal sozinho dentro do carro, pois a temperatura interior pode subir rapidamente a níveis fatais.
Os sinais mais comuns incluem:
- Temperatura corporal superior a 42 °C;
- Letargia e fraqueza generalizada;
- Respiração e batimentos cardíacos acelerados;
- Salivação excessiva;
- Mucosas azuladas;
- Vómito e diarreia;
- Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões, colapso e perda de consciência. Se houver suspeita de golpe de calor, deve-se procurar imediatamente assistência veterinária.
Enquanto se aguarda por assistência devem ter-se os seguintes cuidados:
- Refrescar o animal de forma gradual, para evitar choque térmico;
- Colocar o animal num ambiente ventilado (janelas abertas, ar condicionado);
- Aplicar toalhas húmidas à temperatura ambiente no pescoço, axilas e virilhas;
- Se o animal estiver consciente, oferecer pequenas quantidades de água fresca.
O golpe de calor é uma emergência veterinária grave, mas pode ser evitada com consciencialização e medidas preventivas simples. É uma grande responsabilidade dos tutores garantir o bem-estar dos seus animais, sobretudo nos dias mais quentes. Uma atuação rápida e informada pode fazer a diferença.