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LISBOA NO TEMPO DE D. MANUEL I: A cidade que ambicionava o mundo

O Museu de Lisboa convida-vos para a exposição Lisboa no tempo de D. Manuel I. A cidade que ambicionava o mundo, mostra que assinala os 500 anos da morte do monarca. O comissário da exposição é o historiador José Manuel Garcia. A exposição fica patente até 27 de março, na Sala dos Fundos, novo espaço de pequenas exposições temporárias no Palácio Pimenta.

Devem-se a D. Manuel I alguns dos marcos que ainda hoje fazem parte da imagem de Lisboa: ao mandar construir o Paço da Ribeira, criou condições para que se ganhasse terra frente ao rio Tejo, onde nasceu o Terreiro do Paço. Foi para aqui que mudou a residência real, até então no Castelo de São Jorge.

Símbolo do poder reformista e centralizador de D. Manuel I, foi a partir do novo paço real que o rei supervisionou de muito perto as naus que chegavam carregadas das mais valiosas e exóticas mercadorias, promovendo a instalação, num raio de escassos metros da sua residência, dos equipamentos necessários ao controlo do seu império, entre os quais se destacam a Alfândega, os estaleiros da Ribeira das Naus, a nova Casa da Índia.

Mas não foi apenas nas imediações do Paço real que D. Manuel I alterou a frente ribeirinha de Lisboa: a construção do Mosteiro dos Jerónimos, da Torre de Belém e do Convento da Madre de Deus trouxeram novos espaços de expansão urbanística à cidade.

«Lisboa foi a chave para assegurar a D. Manuel I a concretização das suas ambiciosas aspirações imperiais», afirma José Manuel Garcia, historiador e comissário da exposição, produzida pelo Museu de Lisboa em parceria com o Gabinete de Estudos Olisiponenses e com o apoio do Arquivo Municipal de Lisboa.

Uma colaboração que permite apresentar duas peças raramente acessíveis ao público: o Foral Novo de Lisboa, primeiro foral reformulado por D. Manuel I e que serviu de modelo aos restantes que, durante 20 anos, o monarca atualizou; e o Livro Carmesim, um códice iluminado sobre pergaminho, regimento dos vereadores de Lisboa que reflete o empenho do rei em intervir na boa administração da capital.

A estas duas belíssimas obras juntam-se mapas e documentos do acervo do Museu de Lisboa, pesos e moedas, numa demonstração do caráter reformista de D. Manuel I, representado nesta exposição através de uma réplica da estátua no portal ocidental da igreja do Mosteiro dos Jerónimos.

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