Erythrina vem do grego erythros, que significa vermelho, a cor das flores e das sementes das cerca de cem espécies de árvores e arbustos que integram este género botânico da família Fabaceae ou Leguminosae. O nome específico lysistemon está relacionado com o facto de a pétala superior, mais longa, envolver as outras pétalas e cobrir os estames.
É considerada uma árvore sagrada para algumas tribos da África Meridional, que as plantam junto às sepulturas. Esses povos utilizam as folhas e a casca esmagadas para curar chagas e atenuar as dores das artrites. As sementes (feijões da sorte) têm fama de dar sorte e são usadas como amuletos.
O tronco castanho-acinzentado não possui espinhos e a madeira, muito leve, é usada na construção de canoas. Esta coralina é frequente nos jardins e parques do litoral sul da Madeira, onde é cultivada apenas como árvore ornamental.
A maior Erythrina lysistemon da Madeira vive no Jardim Municipal, que começou a ser construído em 1880, no espaço onde desde o século XVI esteve instalado o Convento de São Francisco. Esta árvore notável deve ser contemporânea dos primórdios do jardim público localizado no centro histórico da cidade do Funchal.
FOLHAS E FLORES
As folhas, como nas outras espécies do mesmo género, são compostas por três folíolos. As flores muito vistosas aparecem no inverno, quando a árvore está despida. Excelentes produtoras de néctar, são muito visitadas por insetos e pássaros.
FRUTOS
No início da primavera, quando a folhagem já esconde as últimas flores, surgem os frutos. As vagens deiscentes, negras quando maduras, abrem-se para libertar as sementes.
BILHETE DE IDENTIDADE
Nome científico: Erythrina lysistemon.
Nome vulgar: Coralina.
Porte: Árvore.
Família: Fabaceae (Leguminosae).
Origem: África Meridional.
Morada: Jardim Municipal – Funchal.
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