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5 cantinhos repletos de cor: bonitos, fáceis de criar e manter

Apresentamos-lhe cinco soluções para cantinhos sempre repletos de cor, bonitos, fáceis de criar e de baixa manutenção.

1. Um falso talude cheio de plantas

Dispostas por altura e… objectivo cumprido

O terreno deste jardim é totalmente plano. Como quebrar a monotonia? Como dividir uma área do jardim sem recorrer ao mais óbvio – uma sebe? Criámos para si esta proposta de cantinho junto ao relvado com espécies baixas como sedum, artemisia, entre outras. Depois, as de porte médio, como salva e crocosmia e, por fim, as gigantes heliantus, dálias e achileas. Resultado: um falso talude que amplia o jardim e um maciço de flores extremamente bonitas.

1 SÉDUM. Dentro deste género de espécies crasas, encontramos rasteiras, rupícolas e pseudocactos. A que utilizamos aqui é a Sedum sieboldii, de folha palmada e flor vermelha tardia. Evite
encharcar estas plantas.

2 ARTEMISIA. Sol e solo neutro é o que preferem as artemisias como esta (Artemisia schmitdiana “Nana”). Aromática, com propriedades culinárias e medicinais, tem a folhagem acinzentada.

3 HELIANTUS. Todos os girassóis são as anuais mais altas no jardim. Com mais de 1,5 m constituem uma tela amarela que é o pano de fundo deste cantinho. Elimine as flores que vão secando.

4 Dália. O único problema que pode encontrar com o cultivo de dálias num maciço de vivazes ou num cantinho como este é a proliferação de tubérculos no terreno, que podem infestar os cultivos vizinhos.

5 GIPSÓFILA. Esta espécie anual salta à vista pelas pequenas flores brancas. Podem ser semisecas (Gypsophylla panniculata) ou frescas (G. elegans). Pleno Sol, solo pouco fértil mas adubado e cortes periódicos, constituem os trabalhos de manutenção.

2. As primeiras flores batem à porta

A melhor composição para receber a Primavera

Flores no Inverno, na Primavera ou no Verão não é bem o mesmo. As primeiras coroas do ano constituem um luxo de tal forma que permitem aquecer, iluminar e alegrar um jardim, embora em número escasso, ao contrário da proliferação floral primaveril. Neste caso, propomos um cantinho ideal para passear junto das plantas.

Assim, debaixo de uma faia gigante temos uma colecção de urze, enormes Erica arborescens, médios E. carnea e pequenos Calluna vulgaris, de cores diferentes, plantados na zona traseira e lateral do cantinho. Mais à frente a formação de cor é conseguida pelos jacintos (Hyacinthus orientalis), muscaris (Muscari armeniacum) e narcisos (Nascissus hybridus). No tapete verde da primeira fila as vincas (Vinca major e Vinca minor). Ainda nos demos ao luxo de encher o maciço com o verde das verónicas anãs (Hebe buxifolia).

Ora veja:

1 NARCISO. Esta bolbosa (Narcisus pseudonarcissus, hybridus e poeticus) é muito prolifica, enchendo todo o terreno do maciço em dois anos. Fica bem a pleno Sol e Sol-sombra e com pouca rega.

2 JACINTO. Há poucas espécies com tanta fragrância como o Hyacinthus orientalis, que deve sempre ficar na primeira fila (mede 15-20 cm). Em cada um ou dois anos é necessário renovar a plantação.

3 MUSCARI. Ainda mais pequeno que o jacinto, o muscari (Muscari armeniacum) é uma bolbosa que apresenta espigas com flores azuis pendulares. Pode comportar-se como uma boa rasteira primaveril mas desaparece no início do Verão.

4 VERÓNICAS. Nada melhor para plantar debaixo das árvores do que verónicas, neste caso Hebe buxifolia. São plantinhas de solo ácido, baratas e com folhagem perene e brilhante. As flores, em espigas azuis ou brancas, não são a parte estética mais importante.

5 URZE. A chave é a terra ácida. Juntamente com o Sol-sombra, permite-lhes cubrir-se de flores de todas as espécies e tamanhos, desde a gigante Erica arborescens à anã Calluna vulgaris. Plantados em mancha de cor, proporcionam um verdadeiro tapete policromático.

3. Tal como no campo mas no seu jardim

Semeie cardos para obter um aspecto natural

Num mundo que está a perder a biodiversidade a passos largos, que se indigna com as espécies vegetais mais agressivas, tenha em atenção o seguinte conselho: plante, ou melhor, semeie cardos como o (Eryngium campestre), o (Sylibum marianum) ou o (Onopordum illyricum), porque todos têm cores incríveis. Colocámos estes cactos neste bonito cantinho que também tem agapantos (Agapanthus africanus), hostas (Hosta fortunei), alchemilas (Alchemilla mollis) e salvas gigantes (Salvia farinacea). O resultado está à vista: uma decoração original, bonita e sobretudo natural.

1 AGAPANTO. É uma das bolbosas mais prestigiadas pelas suas flores. De folhagem cintada e arqueada, requer semi-sombra, água e divisão em cada 4-5 anos.

2 NICOTIANA. Com folhas grandes e flores pequenas, todos os tabacos, como esta nicotiana (Nicotiana alata), decora o maciço de flores. Não suportam o Sol pleno, adoram a rega frequente e podem necessitar de tutores.

3 HOSTA. As hostas são portadoras das maiores folhas do jardim. Necessita, sobretudo, sombra e humidade, embora tolerem bastante bem o Sol e a seca. Atenção aos caracóis, a praga mais perigosa para esta planta.

4 ERYNGIUM. Nos últimos anos, os cardos foram introduzidos com as misturas de sementes para maciços de vivazes e anuais. Neste projecto, colocámos uma colecção de espécies bienais.

5 CAMPÂNULA. Excepto a C. medium, o género Campanula tem numerosas vivazes com flores azuis ou brancas. A deste cantinho, de folhas arredondadas, é a C. rotundifolia.

4. Maçico de vivazes

Com manutenção reduzida ao mínimo

Jardim de pároco. É por este nome que é conhecido na Europa, sobretudo em França, paraíso das espécies herbáceas que proporcionam muitas flores, estes maciços de flores que desde sempre cobrem os jardins e hortas, quase sempre cuidados pela encarregada da limpeza da ordem religiosa. Devemos ter em conta que em França que tanto jardineiro é o conservador deste tipo de jardins como o hortelão. Neste cantinho que aqui apresentamos pensámos nestes jardins, a meio caminho entre as sementeiras tradicionais e o descuido ou pouca atenção, porque o objectivo não é alcançar a perfeição. Lychnis, campânulas, solanum, papoilas, gladíolos, lavandas, cárex, entre outras e algumas daninhas, dão forma ao jardim de pároco que funciona como zona entre a casa e o caminho.

1 LICHNIS. Atenção a esta vivaz de folhas grisalhas aveludadas e flores simples púrpura: pode converter-se numa daninha porque auto semeia-se todos os anos em abundância. Controle as germinações. Cresce em solo bem drenado e com exposição a Sol pleno.

2 SOLANO. Os solanos (S. jasminoides) são arbustos trepadores, como este Solanum rantonnetii. As flores mantêm-se bonitas durante todo o Verão e os cuidados que exige são mínimos. Também se usa como trepadeira em jardins resguardados.

3 PAPOILA. As papoilas silvestres (Papaver rhoeas) têm o inconveniente de ser muito efémeras. Mas estas papoilas vivazes melhoradas (Papaver orientale) são resistentes e bonitas. Crescem em solo fértil, húmido mas bem drenado e ao Sol. Pode necessitar tutor.

4 DEDALEIRA. Plantadas na Primavera, as dedaleiras (Digitalis purpurea) mostram as altas varas sobre as flores do maciço, em pleno Verão.

5 DIANTHUS. Desde o Dianthus caryophyllus à D. deltoites, todas as dianthus são bonitas, fragrantes e ajustam-se ao terreno. Esta, com flores brancas, é a Dianthus gratianopolitanus.

5. Pendente apenas com flores

Nem sempre a solução é o jardim rochoso

Se não pretende cobrir os taludes do jardim com o clássico jardim rochoso, deve ter em atenção que as espécies vivazes rasteiras cumprem o objectivo de reter e decorar o terreno como as rochas presas ao solo. A partir do momento que decide adoptar este recurso, a pendente converte-se em canteiro porque tem flores junto a uma zona de passeio. Neste projecto começámos as plantações com rasteiras verbenas e bergénias. Um pouco mais acima surgem os crisântemos e as saxifragas gigantes. Finalmente,as dálias, simples e duplas. O principal trabalho deste cantinho é evitar que a água escorra pela encosta, deixando a descoberto as raízes das plantas.

1 BERGÉNIA. Também conhecida por hortênsia de Inverno, tem as folhas grandes e brilhantes e porte rasteiro. Convém proteger a planta dos ventos frios para evitar queimar a folhagem. Cresce ao Sol ou em meia sombra, em solo bem dranado.

2 ÁSTER. Vivaz tardia, que por vezes chega apenas a meio do Outono. Os rebentos florais são altos e adora poda antes do Inverno. Cultiva-se a Sol pleno ou com sombra ligeira, em solo fértil, rico em húmus e bem drenado.

3 CRISÂNTEMO. Estas resistentes margaridas florescem de forma natural no final do verão mas é possível escalonar as florações com plantações sucessivas.

4 VERBENA. A Sol pleno ou Sol-sombra, a verbena anual (Verbena hybrida) arrasta-se pelo terreno com os seus escassos 10 cm e as flores globosas com mais de uma cor.

5 SAXIFRAGA. De todo o extenso género Saxifraga, esta espécie é a de porte mais elevado. Comporta-se como uma margarida, embora pertença à família Saxifragáceas. Adora sombra parcial.

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