O cato-orquídea é uma planta que merece um especial destaque quando entra em floração na primavera e verão.
Estamos no final da primavera e começam a aproximar-se os dias longos e quentes do verão! Nesta época as plantas estão no auge do seu desenvolvimento a todos os níveis, crescem a maior ritmo, aumentam a sua produção de flores e também de frutos e de sementes. Com os catos e suculentas acontece exatamente o mesmo, estão no pico do seu crescimento, e a espécie de que falamos nesta edição entrará num auge da sua floração, que merece a observação atenta de quem tem a sorte de a ter no seu jardim.
Falamos de catos do género Epiphyllum, que são plantas epífitas da família dos catos (Cactaceae), nativas da América Central e do Sul. São plantas que gostam de zonas de meia-sombra e que no seu habitat natural se desenvolvem normalmente em caules e copas de árvores, apresentando um vislumbre pendente de longos caules esverdeados, achatados, cujas bordas podem ou não apresentar aréolas, onde geralmente se inserem os picos e se desenvolvem as exuberantes flores de várias cores.
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A exuberância da sua floração
Para os amantes deste género de cato, as flores são como um verdadeiro presente da mãe Natureza. De cores variadas a mescladas, de diversos tamanhos e que vão desde as flores mais simples às flores com mais pétalas, as espécies, variedades e cultivares são às centenas e todos os anos aparecem novos híbridos no mercado que fascinam os colecionadores e amantes destas plantas.
Os botões podem estar vários dias ou até semanas em desenvolvimento e a sua abertura acontece sempre ao final do dia e início da noite, uma vez que os seus polinizadores são também noturnos, como o caso de morcegos ou mariposas.
As flores são tão delicadas que aos primeiros raios de sol da manhã seguinte acabam por murchar, por isso vale mesmo a pena fazer um serão ou acordar bem cedinho para poder admirá-las e até sentir o aroma adocicado que exalam algumas das espécies. Quanto maior for a flor, infelizmente, menor será a sua duração.
Condições de cultivo
Por serem plantas epífitas (que crescem agarradas às árvores), devem ser cultivadas preferencialmente em zonas de meia-sombra, podendo ser expostas ao sol mais fraco da manhã ou do fim do dia, podem ser colocadas em vasos pendentes ou em zonas em que se possam espalhar livremente.
Para uma planta mais forte e exuberante, a prevenção contra lesmas e caracóis é essencial, uma vez que os caules são tenros e muito suculentos. A cochonilha-de-carapaça também é uma das pragas que ataca este tipo de cato, podendo comprometer todo o crescimento e floração, tornando as plantas débeis; convém atacar esta praga assim que ela aparece, pois é bastante persistente.
São plantas ramificadas que são podáveis sempre que cresçam de forma desordenada ou apresentem caules danificados. Ao sol podem ficar queimadas ou com uma coloração rosada/acastanhada pela formação de compostos antioxidantes. Os seus pequenos frutos comestíveis têm um sabor que faz lembrar o da pitaia.