Frutícolas

As pitaias

A textura da polpa tem alguma semelhança com a do quivi. O sabor é suave, sem demasiada doçura. São ricas em nutrientes, como o cálcio e o fósforo e vitaminas como a vitamina C.

A espécie Hylocereus undatus produz a pitaia-branca; a espécie Hylocereus polyrhizus, a pitaia-vermelha; a espécie Selenicereus megalanthus, a pitaia-amarela.

Além da sua região de origem, as pitaias são cada vez mais cultivadas um pouco por todo o mundo, desde a Índia ao Sudeste Asiático, dos EUA aos países do sul da Europa, das Caraíbas à Austrália. São frutos que cada vez mais têm procura junto dos consumidores que procuram variar a sua alimentação e introduzir novos sabores.

Cultivo e colheita

As pitaias aguentam bem temperaturas até 40 ºC e mesmo breves períodos de geadas, mas não resistem a períodos de frio intenso prolongados. Preferem solos arenosos ou argiloarenosos, que não fiquem encharcados.

As flores geralmente abrem ao final da tarde ou início da noite e duram entre oito e 12 horas abertas se não houver polinização. Sendo polinizadas, pouco tempo depois, começam a murchar. No seu habitat, as flores são polinizadas por morcegos e por algumas espécies de traças. Algumas das espécies também são autoestéreis, necessitam de polinização cruzada, que quase sempre aumenta a produção e a qualidade dos frutos.

A polinização fora das regiões de onde são nativas deverá ser feita manualmente, o que costuma ocorrer por motivos práticos ao final da tarde ou início do dia, quando as flores já estão a fechar-se. Por florirem durante a noite, são chamadas comummente flor-da-noite ou rainha-da-noite.

A propagação pode ser feita por sementes, que geralmente germinam rapidamente e com elevado grau de sucesso, mas geralmente é feita por estaquia ou enxertia de cladódios, que rapidamente enraízam se o tempo estiver suficientemente quente.

Para produção comercial são utilizadas estufas em países como o nosso, visto que as pitaias preferem temperaturas entre 15 a 25 ºC. No nosso quintal, deveremos escolher um local quente e abrigado, tendo de se ter em atenção as necessidades e vantagens de polinização cruzada e as estruturas para as pitaias poderem crescer e apoiar-se. Uma cova com cerca de 60 cm de profundidade é o suficiente para a plantação. A colheita costuma ocorrer no final do verão e início do outono, mas, em estufas, a floração e produção podem ser consecutivas.

Manutenção

As pitaias requerem mais água do que outros catos, sobretudo durante a floração e formação dos frutos, que podem sofrer com a seca. A fertilização deve ser moderada e cautelosa enquanto se forma o sistema radicular das plantas, podendo ser aumentada depois de estas ultrapassarem essa fase, pois elas gostam de um alto teor de matéria orgânica no solo. Estrumes de aves ou de bovinos são os mais indicados para esta cultura.

As pitaias podem ser conduzidas em haste única, para tal é necessário recorrer à poda para formá-las. Quando tiverem atingido a altura desejada, devemos então fomentar o crescimento dos cladíolos (ramos) laterais. Em todos os casos, as podas são usadas para estimular a floração e a produção de frutos.

Pragas e doenças

Como quase todas as plantas, as pitaias também são afetadas por fatores ambientais e por doenças. Chuva ou rega em excesso podem afetar as pitaias, fazendo cair as flores e apodrecendo os frutos. As plantas e frutos podem ser susctíveis a fungos, bactérias, vírus e nemátodos.

Propriedades e usos

As pitaias são sobretudo consumidas ao natural, sabendo melhor se colocadas no frigorífico um pouco antes de serem comidas. A textura da polpa tem alguma semelhança com a do quivi, também pela presença de inúmeras sementinhas pretas tal como nesse fruto.

A polpa pode igualmente ser utilizada para fazer sumos e outras bebidas. O sabor é suave, sem demasiada doçura – a pitaia-amarela parece ser a mais saborosa das três espécies de que falamos neste artigo.

São ricas em nutrientes, como o cálcio e o fósforo e em vitaminas, como a vitamina C. Também se usam as flores para a preparação de infusões, e vemos um uso crescente de•stes frutos na indústria cosmética e farmacêutica.

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