Um projeto que foi sonhado e desenhado por Rita Rodrigues e Bernardo Ferreira da Costa, durante uma viagem de 45 dias de comboio em que refletiram sobre a atualidade.
A Plantae nasceu com o objetivo de reaproximar as pessoas ao reino vegetal – Plantae – incentivando a sua descoberta e atribuindo-lhe a importância devida.
Chegaram à conclusão que vivemos maioritariamente em cidades e bastante desconectados da vida vegetal e, muitas vezes, tratamos as plantas como objetos de embelezamento e não como seres vivos importantes para a vida no planeta Terra.
“Na Plantae valorizamos as relações humanas e sabemos que o consumo de forma industrial não é a solução, por isso acreditamos no comércio local e no desenvolvimento dos pequenos produtores e artesãos. Damos primazia às técnicas mais ancestrais, respeitando os costumes e tradições. Incentivamos o conhecimento sobre a paisagem que nos rodeia, de maneira a reaprendermos a melhor maneira de a habitar.” refere Rita.
O projeto junta três arquitetos paisagistas, Bernardo, Rita e Lisa, que partilham uma grande paixão: a natureza. Têm também em comum a vontade de saber e conhecer mais sobre paisagem, conceito inerente à profissão.
A constante aprendizagem sobre plantas é algo que os cativa e fascina. É no bairro de Campo de Ourique que a Plantae encontra o seu lugar, dando vida a um espaço onde existiu uma antiga mercearia, com paredes e estantes que podiam contar histórias.
A Plantae tem cerca de 140 m2, que se dividem em três zonas distintas. A entrada da loja faz-se pelo antigo espaço expositivo da mercearia, onde os antigos armários de madeira que eram ocupados por sacas de grão, feijão e enlatados dão agora lugar às mais variadas plantas, nativas de diversos pontos do globo. Encontram-se também vasos de barro de vários tamanhos e feitios.
A loja terá também vasos de cerâmica de artesãos portugueses, além dos tradicionais de barro – os ideais para as plantas. Ao passarmos as pequenas arcadas encontramos o segundo espaço composto por uma oficina, com uma bancada e ferramentas na qual qualquer pessoa pode aprender as diferentes técnicas de como deve cuidar das suas plantas. É também nesta zona que se encontra a maternidade, onde nascem os nossos novos rebentos.
“Talvez tenhamos aberto na pior época de negócios de sempre, mas faltava-nos dar o salto. Queríamos um espaço para vender, dar dicas, ajudar os clientes. Sentíamos muito essa necessidade de aconselhamento por parte de pessoas próximas, por isso acreditamos que muito mais gente o sinta, sobretudo numa altura em que parece que todos passámos a ter mais plantas em casa e a viver mais as nossas casas. De forma a reduzir o desperdício criámos uma oficina dentro da loja onde os clientes podem utilizar ferramentas, terras, lecas para a transplantação das suas plantas ou de qualquer planta comprada na loja”, conta Bernardo.
O último espaço, convida a permanecer, a sentar à mesa, rodeados de livros de botânica e paisagem, e algumas revistas técnicas. É nesta biblioteca que vão acontecer tertúlias e ateliês sobre temas relacionados com o universo Plantae.
“Queremos que a Plantae, mais do que uma loja, seja um atelier botânico, onde as pessoas possam aprender mais sobre plantas e como cuidar delas” conta Rita
No final de Novembro nascerá a loja online, com plantas e material à venda, tal como no espaço físico, e onde será possível fazer encomendas para o distrito de Lisboa ou para levantar na loja – opção recomendada pela equipa, para que “sejam dadas todas as indicações acerca da planta ao cliente”.
Complementando a loja, a Plantae faz projetos de arquitetura paisagista, consultadoria e manutenção de espaços verdes, e todos estes serviços estarão discriminados no site.
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