Revista Jardins

Psst… A primavera chegou aos jardins!

Os dias despedem-se do frio e preparam-se para receber o calor “regado” pela chuva.

Este mês, destacamos a dombeia, o aloé, o agapanto-rosa, o alecrim-costeiro e a glicínia. Mime-se com a alegria das cores e fragrâncias nos jardins.

Dombeya burgessiae Gerr. Ex Harv. (Dombeia)

Arbusto de folha persistente e originário da África Meridional (incl. Moçambique).

As folhas são largas e de forma ovado-cordiformes, inteiras, 3-5 lobadas e pubescentes em ambas as páginas.

Apresentam flores brancas em março-abril. Podem observar-se exemplares desta espécie no Jardim Botânico de Lisboa, estas plantas provêm de sementes obtidas pela Missão Botânica a Moçambique em 1945.

Família: Sterculiaceae.

Altura: 4 metros.

Propagação: Por semente.

Época de plantação: No outono.

Condições de cultivo: Prefere situações de sol e /ou meia-sombra, mas não tolera bem muito calor. Adapta-se a qualquer tipo de solo.

Curiosidades: Existem outras espécies deste género, de destacar a Dombeya x cayeuxii E. André, um arbusto de folha perene utilizado nos jardins.

As inflorescências, muito vistosas e pendentes, são cor-de-rosa, com época de floração em março-abril.

É um híbrido artificial obtido, em 1895, por Henri Cayeux (1869-1963). Entre 1892 e 1909, o francês Henri Cayeux desempenhou o cargo de chefe jardineiro do Jardim Botânico de Lisboa e deu um importante contributo na introdução e criação de plantas para o jardim.

De destacar a introdução das dália-catos, a criação da Dombeya cayeuxii e da Rosa cv ‘Bela Portuguesa’, bem como a cultura de crisântemos de capítulos grandes com a realização de exposições anuais destas últimas plantas na estufa do jardim.

Tulbaghia violacea Harv. (Agapanto-rosa; Alho-social)

Planta vivaz, bolbosa, originária da África do Sul, utilizada em jardins não apenas pela beleza, mas também por não requerer muitos cuidados de manutenção.

As inflorescências do tipo umbela, despontam na primavera, podendo assumir diferentes cores como o lilás, o rosa ou o branco.

As folhas são lineares, estreitas e ligeiramente carnudas.

Enquanto as flores apresentam um aroma doce, as folhas e o seu rizoma exalam um aroma a alho. Os frutos são umas cápsulas triangulares.

Família: Amaryllidaceae.

Altura: Até 60 cm.

Propagação: Semente, bolbo e divisão de toiça.

Época de plantação: No outono.

Condições de cultivo: Prefere situações de sol e tolera bem situações de calor e de seca, mas necessita de ser regada durante a estação de crescimento.

Em condições de ensombramento, a floração pode não ser tão abundante. Adapta-se a qualquer tipo de solo.

Manutenção: Não requer cuidados especiais, apenas rega regular na estação de crescimento, quando não chove. Deve ser protegida das geadas fortes. Fertilizar durante a primavera e o verão.

Curiosidades: As flores são comestíveis, muito utilizadas para aromatizar saladas (três a cinco flores); apesar do aroma a mel, apresentam sabor a alho.

Aloe arborescens Mill. (Aloe)

Planta suculenta, originária da África do Sul. Folhas de cor verde-brilhante carnudas, em forma de espada (15-25 cm de comprimento; 2 cm de largura). Inflorescências em cacho denso, que se assemelham a uma espiga.

Florescem no fim do inverno e início da primavera e oferecem aos jardins bonitos tons de encarnado e laranja.

Família: Xanthorrhoeaceae.

Altura: 4 a 5 metros.

Propagação: Sementes ou mudas produzidas a partir de rebentos basais.

Época de plantação: Primavera.

Condições de cultivo: Prefere solos leves, arenosos e bem drenados; e condições de sol pleno.
São sensíveis a temperaturas acima dos 40 ºC ou abaixo dos 5 ºC.

Manutenção: Não requer muita manutenção. Rega moderada – na estação quente, uma vez por semana; no inverno, uma vez por mês. Limpar os tufos, cortando as hastes e as folhas secas ou danificadas.

Curiosidades: É muito semelhante ao aloé vera, mas menos conhecido. Ao contrário do A. arborescens, o Aloe vera não tolera bem a plena exposição solar, tendendo a ficar com as folhas amarelas.

As suas flores produzem néctar, sendo por isso muito atrativas para as abelhas e aves.

Westringia fruticosa (Willd.) Druce (Alecrim-costeiro)

Arbusto, nativo da Austrália, que se caracteriza por folhas densas e finas com pequenas flores brancas. Está em flor todo o ano.

As flores são apreciadas por pássaros e outros animais selvagens.

Família: Lamiaceae.

Altura: Até 2 metros.

Propagação: Estaca.

Época de plantação: Primavera e outono.

Condições de cultivo: Prefere solos bem drenados e uma exposição plena ao sol. Tolera períodos secos e de geada.

Manutenção e curiosidades: Precisa de rega regular até que a planta esteja instalada. Deve-se podar as pontas quando jovens para incentivar o crescimento denso.

O agapanto-rosa é vulgarmente conhecido pelo nome de alho-social, devido ao fato de ao ser ingerido não proporcionar mau hálito, como acontece com o alho comum.

É uma espécie repelente e apresenta também propriedades medicinais.

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