Laurissilva é uma floresta com elevada biodiversidade em que as árvores de maior porte pertencem à família das Lauráceas.
Está classificada como Património Natural da Humanidade desde 1999 e prospera num ambiente de nevoeiros frequentes, produzidos pelas massas de ar que são obrigadas a subir a vertente norte da cordilheira central da Ilha da Madeira.
Enroscando-se nos troncos dos tis (Ocotea foetens), dos vinháticos (Persea indica), dos loureiros (Laurus novocanariensis) ou dos barbusanos (Apollonias barbujana), o alegra-campo (Semele androgyna) perscruta entre as copas mais altas a luz vital.
O alegra-campo é uma planta muito curiosa. Não possui folhas verdadeiras.
As estruturas que parecem folhas, de facto são caules modificados (cladódios), que se encarregam da nobre tarefa da fotossíntese e têm um interessante desempenho ornamental.
Flores
As pequenas flores unissexuais, amarelo-esverdeadas, agrupadas em fascículos curtos, posicionam-se nas margens dos cladódios e podem ser observadas de março a maio.
Frutos
Os frutos, bagas com cerca de 1 cm de diâmetro, ficam vermelhos no verão, altura do ano em que esta espécie dá mais nas vistas.
Curiosidades
O alegra-campo é uma das plantas associadas ao Natal na Ilha da Madeira.
Os seus ramos (sarmentos), que chegam a atingir 15 metros de comprimento, são usados na decoração dos compartimentos das casas onde são armados os presépios e na ornamentação das paredes das igrejas.
B.I.
Nome científico: Semele androgyna
Nome vulgar: Alegra-campo
Porte: Arbusto trepador
Família: Asparagaceae
Origem: Arquipélagos da Madeira e das Canárias
Morada: Floresta Laurissilva, Ilha da Madeira.
Fotos: Raimundo Quintal
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