O diospireiro (Diospyros kaki) é uma árvore de médio porte, que alcança um tamanho e disposição semelhantes aos da macieira. É originário da China, onde é cultivado há milhares de anos. Da China foi levado para o Japão e outras regiões asiáticas, acabando por espalhar-se pelos vários continentes.
Os maiores produtores mundiais de dióspiro hoje em dia são a China, a Espanha, a Coreia do Sul, o Japão, o Azerbaijão e o Brasil. Espanha, sendo a maior produtora europeia, exporta para vários países europeus, incluindo Portugal.
É uma fruta de época, cuja comercialização em Portugal, durante muito tempo, foi limitada pela fragilidade das variedades disponíveis, que não eram adaptadas ao armazenamento e transporte. O desenvolvimento e introdução de novas cultivares, de polpa rija, permitiu a armazenagem e comercialização da fruta durante um período mais longo, embora haja consideráveis diferenças de sabor, cor e textura entre elas.
Ficha técnica da laranja
Origem: China.
Altura: Até 10 metros.
Propagação: Vegetativa (raramente por sementes).
Plantio: Meses de inverno
Solo: Solos fundos e bem drenados, areno-argilosos.
Clima: Temperado
Exposição: Sol pleno. Abrigado dos ventos e das geadas tardias.
Colheita: Geralmente entre outubro e dezembro.
Manutenção: Regas, podas ligeiras, mondas.
Cultivo e colheita
Manutenção
As regas devem ser moderadas, sem encharcamento. Os frutos e os ramos caídos têm de ser retirados para evitar a propagação de pragas e doenças. As podas de limpeza, para eliminar os ramos partidos e doentes, permitem um melhor arejamento da árvore.
Quanto às mondas, as plantas infestantes devem ser retiradas das zonas perto do tronco dos diospireiros; isto evita a competição pelos nutrientes e o refúgio das pragas.
A adubação, feita com estrumes bem curtidos ou compostos deve ser realizada após a colheita dos frutos, no final do Outono, inícios do Inverno.
Pragas e doenças
Como todas as frutíferas, também os diospireiros estão sujeitos à ação de pragas e de doenças, que, nos melhores casos, podem afetar a produção e a qualidade dos frutos e, nos piores, atingir a saúde da árvore ou até matá-la.
Os diospireiros não são das frutíferas mais vulneráveis às pragas e doenças; o seu grau de vulnerabilidade é médio. As principais pragas que afetam os dióspiros são a cochonilha, os tripes, a lagarta-da-fruta e a mosca-do-mediterrâneo.
Quanto a doenças, destacam-se a mancha das folhas e a antracnose. A prevenção e o combate rápido a estes flagelos são sempre as melhores opções.
Propriedades e usos
O dióspiro é uma fruta bastante doce, pelo que devemos ter isso em atenção. É sobretudo consumido como fruta de mesa, depende dos gostos se preferimos os rijos ou os macios. Os macios são ótimos à sobremesa, abertos e polvilhados com canela.
Além de ser consumido ao natural, o dióspiro pode ser assado no forno ou consumido em seco. Devemos ter atenção ao escolher os dióspiros; quando não estão bem maduros, são muito adstringentes, sobretudo os dióspiros moles. Devemos escolher frutos com o pedúnculo, sem manchas na pele e sem fissuras. Frutos com fissuras têm tendência a azedar.
O dióspiro é uma fruta rica, sobretudo em vitaminas A e C, mas também em minerais como o potássio, o magnésio, o cobre e o fósforo. É igualmente muito rico em água e em fibras.
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