Hortícolas

Hortícola do mês: Nabo

É uma planta cultivada pelas suas folhas (nabiças), raízes (nabo), ou inflorescências (grelos), existindo cultivares adaptadas à produção dos diferentes órgãos.

 

67 Kcal/100g rico em potássio, sódio, cálcio, fósforo e magnésio.

O nabo (Brassica rapa var. rapa) tem a designação de Cruciferae, pertencendo por isso à família das couves (Brassicaceae). É uma planta cultivada pelas suas folhas (nabiças), raízes (nabo) ou inflorescências (grelos), existindo cultivares adaptadas à produção dos diferentes órgãos.

O nabo é muito rico em vitamina C e sais minerais tais como o potássio, sódio, cálcio, fósforo e o magnésio.

Além da raiz (nabo), as nabiças e os grelos também são bastante interessantes do ponto de vista nutricional, sendo mais nutritivas do que o tubérculo, uma vez que fornecem três a cinco vezes a dose diária recomendada de vitamina K, sendo também uma fonte de vitaminas A, C, E e B6, de fibras e de folatos.

Ficha técnica

Altura: 20-30 centímetros.

Época de sementeira: A sementeira pode ser feita de forma direta, a lanço, entre janeiro/maio para colheita no verão ou entre julho-novembro para colheita durante o outono/inverno. A temperatura considerável ótima para a germinação da semente está compreendida entre os 20 e os 25 oC.

Local de cultivo aconselhado: : Dá-se bem na maioria dos solos, desde que apresentem valores relativamente elevados de azoto. O intervalo ótimo de pH está compreendido entre os 6,5 e os 7,0. É uma planta que tem preferência por climas frescos e húmidos, tendo a capacidade de tolerar geadas ligeiras. A temperatura ótima está compreendida entre os 15 oC e os 20 oC.

Manutenção: Aquando da fertilização do solo, deve evitar-se a aplicação de estrumes não compostados, de forma a evitar o aparecimento de problemas fitossanitários. O nabo é uma cultura muito sensível à carência de boro. A água é indispensável para o sucesso desta cultura, principalmente na fase de engrossamento da raiz, considerado o período mais crítico e onde a falta de água poderá comprometer o desenvolvimento da planta.

Condições ótimas de cultivo

Esta planta dá-se bem na maioria dos solos, desde que apresentem valores relativamente elevados de azoto, preferencialmente, proveniente de estrume ou de um composto bem curtido nas estações anteriores. Prefere solos de textura média, com boa drenagem, mas com uma considerável capacidade de retenção de água durante a fase de crescimento. O intervalo ótimo de pH está compreendido entre os 6,5 e os 7,0.

É uma planta que tem preferência por climas frescos e húmidos, tolerarando geadas ligeiras. A temperatura ótima está compreendida entre
os 15 oC e os 20 oC.

O ciclo cultural do nabo é de cerca de 40 a 60 dias na primavera-verão e de 90-100 dias durante o período do inverno.

Sementeira e/ou plantação

Na cultura do nabo, o terreno deve ser bem trabalhado, de forma a possibilitar o desenvolvimento uniforme da raiz, e a camada superficial deve ser regularizada para possibilitar uma germinação uniforme. O terreno pode ser armado em camalhões ou à rasa. Além disso é aconselhável a aplicação de composto ou fertilizante orgânico homologado para agricultura biológica.

A sementeira do nabo pode ser feita de forma direta, a lanço, entre janeiro-maio para colheita no verão ou entre julho-novembro para colheita durante o outono-inverno. A sementeira é feita geralmente em camalhões, em linhas espaçadas entre 20 e 30 cm, e com as sementes colocadas a uma profundidade entre os 0,6 e os 0,8 cm. A temperatura considerável ótima para a germinação da semente está compreendida entre os 20 e os 25 oC.

Após o aparecimento das duas primeiras folhas verdadeiras, deve iniciar-se a monda regular, durante as primeiras duas a quatro semanas, de forma a controlar as plantas infestantes, e deixando uma distância entre plantas de 8-10 cm (10-15 nas sementeiras de outono-inverno).

Rotações e consociações favoráveis

Para uma boa sanidade das plantas, devem praticar-se rotações com um período de recorrência de quatro anos.

Precedentes culturais adequados: As Aliáceas (alho, alho-porro, cebola), Solanáceas (batata, tomate, pimento, beringela) e Cucurbitáceas (melão, melancia, abóboras); espinafre.

Precedentes culturais a evitar: Brassicáceas.

Consociações favoráveis: Alface, ervilha.

Cuidados culturais

Aquando da fertilização do solo, deve evitar-se a aplicação de estrumes não compostados, de forma a evitar o aparecimento de problemas fitossanitários. Além disso o nabo é uma cultura muito sensível à carência de boro. A água é indispensável para o sucesso desta cultura, principalmente na fase de engrossamento da raiz, considerado o período mais crítico e onde a falta de água poderá comprometer o desenvolvimento da planta. Nas plantações de verão, a rega é extremamente importante para satisfazer as necessidades da plante e para manter a temperatura do solo mais baixa, de forma a não prejudicar a qualidade da raiz. O estabelecimento desta cultura em locais mais frescos e sombrios durante o período de calor poderá ser vantajoso.

Sendo uma brássica, o nabo também está propenso às mesmas pragas e doenças que afetam os outros membros da família, como é o caso das couves. Pragas como a mosca-da-couve, agrótide, hérnia-das-crucíferas, pulga-do-fumo, piolho-da-couve, larva de elaterídeo, oídio e míldio. A aplicação de uma cobertura com manta térmica, musselina ou de rede mosqueira pode ajudar na prevenção aos ataques de algumas pragas. Para evitar o aparecimento do míldio e oídio, deve-se evitar a rega por aspersão.

Colheita e conservação

O nabo pode ser colhido com o propósito do nabo, da nabiça ou do grelo. A primeira colheita pode ser feita no momento da monda, quando se retiram as plantas em excesso, aproveitando o excedente para consumo, sendo esta uma colheita de nabiças. A colheita das nabiças é feita de forma manual, antes do engrossamento da raiz e do espigamento, e quando a planta atingir o tamanho desejável.

al como a nabiça, os grelos também são colhidos manualmente, quando os botões florais se encontram na fase inicial (ainda fechados).

A colheita do nabo pode ser feita manual ou mecanicamente, colhendo as raízes quando estas atingirem o tamanho desejado (5 a 10 cm), sem que fiquem duras e fibrosas. A colheita é escalonada, deixando as plantas mais pequenas. Para a obtenção de semente, seleciona-se algumas plantas que ficaram na terra durante o inverno ou guardam-se os nabos selecionados, num local fresco e seco, para replantar na primavera e florescerem no verão, com o propósito de colher as sementes.

 

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