Pragas e Doenças

Mosca da fruta: saiba como combater esta dura praga

Nome vulgar: Mosca-da-fruta, mosca do mediterrâneo.

Nome científico: Ceratitis capitata Wiedemann.

Características

Pequena mosca de 4-6 mm de comprimento de cor amarelada-acizentada. O ovo é branco, com 1,2 x 0,5 mm. As larvas são brancas-amareladas com 7-8 mm de comprimento.

Distribuição Geográfica

Originária da África Ocidental, adaptou-se aos climas tropicais, subtropicais e temperados quentes. Está muito presente nos climas mediterrânicos de Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

Ciclo biológico

Tem 6-8 gerações por ano contínuas. Como exemplo, começando a 1ª geração com 200 moscas, acabando na 6ª, com mais de mil milhões. Em maio-junho, já se pode ver os adultos a voarem e podem permanecer até ao mês de novembro.

  • As fêmeas colocam os ovos (500-600) nos frutos, através do ovodopositor, nascendo depois as respetivas larvas.
  • As larvas chegam à sua maturidade em 1-2 semanas e depois de se alimentarem deslocam-se até ao solo (deixando-se cair).

Este díptero pode passar o inverno no estado de pupa no solo ou no estado de larva dentro dos frutos. A mosca não se desenvolve a temperaturas, abaixo dos 10 ºC e acima dos 33 ºC.

Mosca da fruta

Plantas mais sensíveis

Pomóideas (pêssego, ameixa, etc.), prunóideas (peras, maçãs, etc.), citrinos (laranjeiras, tangerineiras, etc.), diospireiros, figueiras e figueiras-da-índia, nogueiras, videiras e kiwi.

Danos

Ao colocar os ovos no fruto, aparece sempre uma pequena marca na casca, que nos citrinos origina manchas amareladas. As larvas alimentam-se da polpa das frutas, provocando a sua decomposição e queda. A entrada de fungos, pelo orifício das picadas, também acelera este processo.

Muitas vezes, torna-se difícil detetar os frutos picados no campo e a larva vai-se desenvolver durante o transporte ou armazenamento do fruto.

Época de risco

Maio-novembro.

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Combate biológico

Prevenção

Colocar garrafas mosqueiras (tipo Mc Phail ou Tephritrap 1/3 árvores) com atrativo alimentar (cerveja, vinagre, água da cozedura de peixe, proteína hidrolisada, sulfato, fosfato biamónico) e sexual (Trimedlure) e pastilhas inseticida; armadilhas cromotropicas de cor amarela (1 por árvore) com ou sem atrativo alimentar.

Eliminar os frutos caídos ou atacados; submeter os frutos a baixas temperaturas (depois de colhidos) para evitar o desenvolvimento larvar. Nos pomares, a plantação de culturas de cobertura estimula alguns auxiliares (escaravelhos) que comem as “pupas”.

Luta química biológica

Pulverizar com Azadiractina (método pouco utilizados ou eficaz)

Luta biotecnológica

Efetuar largadas de machos esterilizados (quimioesterilização) em laboratórios, reduzindo o potencial reprodutivo das populações em cerca de 50 por cento.

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