Este mês destacamos plantas ornamentais que relevam e promovem o valor das abelhas nos nossos jardins, floreiras e varandas.
CRATAEGUS MONOGYNA JACQ. (pilriteiro)
Árvore ou arbusto caducifólio, espinhoso com copa ampla, originário da região mediterrânica, autóctone de Portugal Continental.
As suas folhas são alternas, simples, com 3-5 lobos quase inteiros ou serrados, verdes na página superior e glaucas na inferior.
Flores de cinco pétalas brancas, reunidas em cimeiras corimbiformes, que despontam no início da primavera.
Família: Rosaceae.
Altura: Até 10 metros. Propagação: Pode ser feita através de semente.
Época de plantação: Primavera/outono.
Condições de cultivo: Deve ser cultivada em sol pleno ou meia-sombra. Pode ser plantada em qualquer tipo de solo, desde que estejam asseguradas boas condições de drenagem.
Manutenção e curiosidades: Não necessita de grandes cuidados de manutenção, apenas de uma poda de forma a limitar o seu crescimento no final do inverno e uma eventual monitorização de ocorrência de doenças e pragas, embora seja bastante resistente.
CORONILLA VALENTINA SUBSP. GLAUCA (L.) BATT. (pascoinhas)
Pequeno arbusto perenifólio, muito ramificado, endémico da região mediterrânica, autóctone de Portugal Continental.
As suas folhas são imparifolioladas, ou seja, com número ímpar de folíolos, de cor ver-azulada ou cinzenta-prateada (glauca).
As suas fragrantes flores amarelas apresentam-se em conjunto, como se de uma coroa se tratasse, daí o nome Coronilla.
Apesar de a sua época de floração ter início no inverno, ganha uma maior expressão na primavera, na altura da Páscoa, daí a Coronilla valentina subsp. glauca ser vulgarmente designada por pascoinha no nosso País.
Família: Fabaceae.
Altura: 0,5-1 metro.
Propagação: Pode ser feita através de semente ou por estaca.
Época de plantação: Primavera/outono.
Condições de cultivo: Deve ser cultivada em sol pleno, com exposição a sul ou a este. Poder ser plantada em qualquer tipo de solo, desde que estejam asseguradas boas condições de drenagem.
Manutenção e curiosidades: Não necessita de grandes cuidados de manutenção, nem de rega, é tolerante à seca e resistente à geada.
Pode ser feita uma poda de forma a limitar o seu crescimento, no verão logo após a floração, ou uma poda de rejuvenescimento, durante o inverno, para estimular a floração na primavera.
É uma ótima espécie para plantar em solos calcários pobres, porque como leguminosa que é possibilita a fixação do azoto.
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LAVANDULA SPP. (rosmaninho)
O género Lavandula é nativo da região mediterrânica, existindo várias espécies autóctones de Portugal.
Muito conhecida pela sua folhagem aromática e pelas suas flores perfumadas, que podem ser de cor branca, rosa, azul ou lilás consoante a espécie.
Existem cerca de 30 espécies de Lavandula e muitas variedades que atraem as abelhas.
Família: Lamiaceae.
Altura: Depende da espécie; pode variar entre 0,30- 1,50 m.
Propagação: Estaca ou semente.
Época de plantação: Primavera-verão.
Condições de cultivo: Precisa de sol, solos leves e bem drenados.
Manutenção e curiosidades: Não requer grandes cuidados de manutenção além de algumas regas no primeiro ano de plantação, sobretudo na altura do verão; após o primeiro ano, as regas devem ser espaçadas.
Além do interesse ornamental, o cultivo comercial da planta é para extração de óleos utilizados como antissépticos, em aromaterapia e na indústria de cosméticos.
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