Estas plantas, muito resistentes e pouco exigentes em rega, contribuem para que os jardins sejam mais sustentáveis, mantendo-se bonitos.
São plantas que possuem estruturas vegetais capazes de armazenar água por longos períodos de tempo e também têm estruturas que lhes permitem reduzir significativamente a evapotranspiração, estando preparadas geneticamente para armazenarem o máximo possível de água e perderem o mínimo.
Trata-se de plantas que normalmente têm adaptações visíveis para armazenar e não desperdiçar água, nomeadamente:
- – Picos ou espinhos.
- – Raízes, caules ou folhas que engordam para armazenar água.
- – Poucas folhas e/ou folhas pequenas cerosas que lhes permitem perder pouca água.
- – Raízes longas para poderem ir buscar água longe.
Para se desenvolverem em boas condições, necessitam de substratos pouco fertilizados, muito bem drenados e muitas horas de sol direto por dia.
São muitas as plantas xerófitas, catos, suculentas, algumas gramíneas e plantas mediterrânicas – destacamos algumas que pode plantar no seu jardim, varanda ou terraço e começar a poupar água não abdicando da beleza e diversidade das plantas.
ALOE VERA – ALOÉ
Há muitos tipos de aloé diferentes, um dos mais conhecidos é o Aloe vera, cultivado pelas suas propriedades medicinais que são muitas: é hidratante, cicatrizante e anti-inflamatório.
A parte utilizada é a seiva do interior das folhas que é um excelente calmante de queimaduras solares e outras.
É uma planta que normalmente não passa dos 40-50 cm de altura, pode ter flores amarelas, cor de laranja ou encarnadas. As folhas são compridas e têm as bordaduras com dentes espinhosos.
Preferem solos bem drenados, pobres em matéria orgânica e com um pH neutro ou ligeiramente básico, não toleram pH ácido. Precisam de pelo menos 4-5 horas de sol direto por dia.
Devem ser regados apenas em condições de seca extrema. Fertilizar na primavera e verão com fertilizante adequado a catos e suculentas. Não devem ser podadas.
AGAVE – PITEIRA
As agaves são plantas suculentas originárias do México. Há uma grande variedade de espécies de agaves, que podem ser usadas com sucesso para fins ornamentais.
São plantas com grande valor comercial pois produzem o mezcal, a tequila, o açúcar de agave e sisal, entre outros produtos.
São conhecidas vulgarmente por piteiras.
Consoante a variedade, as agaves podem atingir de 0,4 a 2 m de altura. Algumas das mais comercializadas em Portugal são a Agave attenuata e a Agave angustifolia.
Precisam de muitas horas de sol direto por dia ao longo de todo o ano, adaptam-se a qualquer tipo de solo e de disponibilidade de água. Não são exigentes em substrato, apenas que seja bem drenado e pobre em matéria orgânica.
É uma planta que só vai florir uma vez na vida, a seguir morre, mas a planta não vai desaparecer, pois entretanto já se desenvolveram novos rebentos da planta mãe.
Deve ser regada apenas em condições de seca extrema. Fertilizar na primavera e verão com fertilizante adequado a catos e suculentas. Não devem ser podadas
ARBUTUS UNEDO – MEDRONHEIRO
O nome latino do medronheiro é Arbutus unedo – “unedo” quer dizer comer um só!
Quando muito maduros, os frutos do medronheiro têm uma elevada concentração de álcool, o que pode causar alguma sensação de embriaguez se se comerem muitos frutos.
O medronheiro é usado na alimentação, para fins medicinais e para a confeção da famosa aguardente de medronho. Pode ser considerado um arbusto grande ou uma pequena árvore, tem um período de floração muito longo, que se pode prolongar do outono à primavera seguinte, frutifica no outono e muitas vezes tem flores e frutos ao mesmo tempo.
LAMPRANTHUS SPP. – CHORINA
Vulgarmente conhecidas em Portugal como chorina, os Lampranthus são plantas suculentas rasteiras, de folhas carnudas exigem muito poucos cuidados de manutenção.
São originárias da África do Sul e destacam-se pela sua floração espetacular na primavera e verão.
O seu nome Lampranthus tem origem nas palavras gregas lampros (brilhante) e anthros (flor), referindo-se às suas flores vistosas.
As flores são muito atrativas para as abelhas e outros insetos polinizadores.
Existem flores de muitas cores diferentes: cor-de-rosa, cor de laranja, amarelo, encarnado e branco. Algumas delas (nomeadamente, as lilás) estão em flor quase todo o ano.
São muito utilizadas para bordaduras, jardins rochosos, floreiras de janela e cestos suspensos.
Precisam de muitas horas de sol direto por dia ao longo de todo o ano, adaptam-se a qualquer tipo de solo e de disponibilidade de água. Resistentes ao vento e ao ar do mar.
Não são exigentes em substrato, pode ser arenoso ou pedregoso, apenas necessitam que seja bem drenado e pobre em matéria orgânica. Devem ser regados apenas em condições de seca extrema.
Fertilizar na primavera e verão com fertilizante adequado a catos e suculentas. Podem ser ligeiramente podadas a seguir à floração.
Muito resistentes a pragas e doenças. Estas plantas têm a particularidade de as flores fecharem ao final do dia e abrirem de manhã, estando no auge da floração ao meio-dia.
Em algumas zonas, chamam-lhes meio-dia por isso mesmo.
PHORMIUM TENAX – LINHO-DA-NOVA-ZELÂNDIA
Também conhecido como fórmio. São plantas muito resistentes, com rizomas bem desenvolvidos e folhagem ornamental. Consoante a variedade, podem atingir até 3 m de altura.
Há variedades com folhagem de cores e formas muito diferentes, vários tons de verde, amarelo, cor de laranja, roxo, etc. As inflorescências surgem normalmente na primavera e são de cor encarnada.
Na Nova Zelândia, as fibras extraídas das suas folhas são utilizadas para fazer cestos e outras peças de artesanato.
Necessitam de muitas horas de sol, algumas variedades conseguem viver em zonas de meia-sombra.
Preferem solos férteis, bem drenados e enriquecidos com matéria orgânica. Necessitam de regas regulares e fertilização na primavera e verão.
CYTISUS SCOPARIUS – GIESTA-DAS-VASSOURAS
As giestas são conhecidas em algumas regiões do País como maias, pois este é um mês em que começam em flor.
Existem muitas espécies de giestas, sendo esta uma das mais vulgares e das mais resistentes e fáceis de cultivar. Um arbusto mediterrânico de folha caduca, ramos flexíveis, muito resistente ao calor e à secura.
Muito pouco exigente em substratos e solos, precisa apenas que sejam pobres, e pedregosos. Em inglês, esta giesta é conhecida por Portuguese broom, uma referência à sua origem e à sua utilização tradicional como matéria-prima para fabricar vassouras.
Normalmente está em floração de abril a junho, com flores amarelas exuberantes, atingindo 1-3 m de altura.
SEDUM SPP. – SEDUM
Este é um género de plantas suculentas originário da Europa e que é muito utilizado em vasos, floreiras, canteiros, cestos suspensos, jardins rochosos, etc.
É também das plantas favoritas para utilizar em coberturas verdes, pela resistência, grau de cobertura do solo e facilidade de manutenção.
Há muitas variedades diferentes de Sedum, com formas das folhas, cores e texturas muito variadas. Resultam muito bem combinados entre si, pois criam tapetes muito coloridos e originais. Precisam de muitas horas de sol direto por dia.
Preferem substratos ou solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Necessitam de uma rega semanal nos períodos de maior calor. Devem ser fertilizados mensalmente na primavera e no verão.
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