Ornamentais

4 plantas exóticas para o jardim

Como arquiteta paisagista e como jardineira amadora utilizo sempre nos meus projetos — e tenho no meu terraço — um misto de plantas autóctones e exóticas.

Acho que é um equilíbrio que podemos ter com grandes vantagens em termos estéticos e de manutenção.

O que seria de Lisboa sem os jacarandás em flor que fazem verdadeiros túneis de roxo que nos deixam sem palavras de tal forma é a beleza?

Que seria de muitos jardins do norte do país sem a beleza das magnólias em flor a marcar o fim do inverno  e a anunciar a primavera? O que seria dos jardins do Minho ou dos Açores sem camélias ou sem azáleas?

Há plantas que marcam o nosso imaginário e a nossa paisagem mesmo sem serem de cá. As exóticas acompanham-nos há muitos séculos e tornam os nossos jardins mais bonitos ainda.

Eis algumas das minhas plantas exóticas preferidas:

Jacaranda mimosifolia

Família: Bignoniaceae

Origem: Brasil

Nome vulgar: Jacarandá

Ciclo de vida: Árvore de folha caduca

Propagação: Semente

Época de plantação: Outono, primavera

Época de floração: Primavera e verão

Cor de floração: Roxa

Altura: 5-6 m

Distância de plantação mínima: 5-6 m

Condições de cultivo: Sol. Solo fértil, bem drenado e com alguma matéria orgânica. Não tolera secura extrema nem ventos fortes principalmente carregados de ar do mar.

Manutenção: Quando na fase de instalação não tolera muito frio e necessita ser regada com alguma frequência. Em Portugal só se aguenta a sul de Lisboa.

Magnolia x soulangeana

Família: Magnoliaceae

Origem: China Nome vulgar: Magnólia

Ciclo de vida: Perene

Propagação: Estaca ou alporquia

Época de plantação: Outono e primavera

Época de floração: Início da primavera com a árvore ainda sem folhas

Cor de floração: Branca, rosa, rocha

Altura: 4- 5 m

Distância de plantação mínima: 3- 4

Condições de cultivo: Sol, meia sombra. Não gosta de muito calor mas tolera bem o frio e o vento. Precisa do solo sempre húmido, logo prefere solos profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenados, tolera solos calcários embora prefira os solos ácidos.

Muitas vezes não dá flor nos primeiros anos após a plantação.

Utilização: Há muitas variedades, todas elas com flores de tamanhos cores diferentes. Precisa de espaço para se desenvolver. Alinhamento, isolada ou em grupo.

Hibiscus rosa-sinensis

Família: Malvaceae

Origem: Ásia e Havai (é a flor nacional do Havai e da Malásia)

Nome vulgar: hibisco

Ciclo de vida: Arbusto de folha persistente

Propagação: Estaca

Época de plantação: Qualquer altura do ano

Floração: Primavera, verão, outono

Cor: Encarnado, amarelo, cor de laranja, salmão, cor de rosa

Altura: 2- 3 m

Distância de plantação mínima: 0.8-1.0 m

Condições de cultivo: Sol, meia sombra, qualquer tipo de solo desde que rico em matéria orgânica e bem drenado. Não tolera geada, suporta ar do mar.

Utilização: Sebe, isolado, maciço, vaso ou floreira.

Manutenção: Necessita de uma poda de limpeza anual no início do inverno (para retirar os ramos velhos, mortos, secos, tortos, etc) e uma poda para estimular a floração no final do inverno ou início da primavera.

O hibisco floresce no ramo do ano, aparece um novo rebento na primavera e semanas depois a flor. Necessita de duas adubações anuais, outono e primavera.

Berberis thunbergii var atropurpurea

Família: Berberidaceae

Origem: Japão

Nome vulgar: Berberis

Ciclo de vida: Arbusto de folha caduca

Propagação: Por estaca ou por semente

Época de plantação: Outono, inverno e primavera

Época de floração: primavera e verão

Cor de floração: Branca

Altura: 1-1.5 m

Distância de plantação mínima: 0.7- 0.8 cm

Condições de cultivo: Sol, meia sombra. Solo fértil, bem drenado e enriquecido com matéria orgânica. Resiste à secura mas não ao excesso de água. A variedade atropurpurea é muito utilizada pela sua cor encarnada.

Utilização: Uma boa solução para colocar num local onde não queremos que passe ninguém.

Manutenção: Como é um arbusto espinhoso tenha o cuidado de quando o podar utilizar umas luvas que protegem as suas mãos dos picos.

, Teresa Chambel

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