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Capacitar os profissionais para combaterem as alterações climáticas

Os profissionais de paisagismo necessitarão de novas competências e ferramentas à medida que os espaços verdes se tornam cada vez mais importantes no combate às alterações climáticas

 

No futuro, prevê-se que os espaços verdes urbanos desempenhem um papel muito mais importante, ajudando na prevenção de inundações, na descida das temperaturas e no aumento da biodiversidade. Este crescente enfoque na sustentabilidade vai impor novas exigências aos profissionais dos espaços verdes, que necessitarão de aprender novas competências e utilizar outro tipo de ferramentas.

No relatório de tendências futuras Repensar os espaços verdes urbanos, do Bom ao Necessário, a Husqvarna entrevistou peritos, profissionais e cidadãos de seis mercados europeus para descobrir que papel desempenharão os espaços verdes urbanos no futuro, bem como o impacto que isto terá no desenvolvimento da profissão e de instrumentos técnicos.

O novo relatório europeu da Husqvarna, que inclui a Suécia, França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica e os Países Baixos, descreve como se prevê que os espaços verdes evoluam nos próximos anos. O novo enfoque na sustentabilidade significa, entre outras medidas, que os fabricantes de ferramentas elétricas de exterior necessitam de acelerar a sua transição para fontes de energia alternativas – 44% dos profissionais espera que até 2027 os produtos a gasolina sejam proibidos.

“A urbanização está em curso e o papel dos espaços verdes nas cidades tem evoluído. Na Husqvarna, estamos determinados a inovar rumo à independência dos combustíveis fósseis. E num futuro não muito distante, esperamos que a nossa principal atividade seja constituída por ferramentas elétricas e soluções autónomas”, diz Yvette Henshall-Bell, Presidente da Unidade de Negócios Profissionais Mundiais da Husqvarna.

Novos heróis e novas competências

Quando questionados sobre o futuro, 66% dos profissionais dos espaços verdes acredita que o aumento do número de árvores nas áreas urbanas seja uma das principais mudanças para ter impacto na indústria durante os próximos dez anos. Embora seja um compromisso a longo prazo, a plantação de novas árvores será necessária para as futuras cidades, sobretudo para arrefecer as cidades e apoiar um ecossistema cada vez mais próspero.

As árvores não só precisam de ser plantados, como também cuidadas, dado que as árvores mais antigas são muito mais valiosas no combate às alterações climáticas e na promoção da biodiversidade do que as árvores mais jovens. Para tal é necessário que os profissionais aprendam mais sobre o cuidado das árvores, bem como sobre a criação de melhores condições para que a biodiversidade se possa desenvolver num espaço verde urbano. 60% dos profissionais consideram que, num futuro próximo, a biodiversidade será alvo de uma atenção significativamente maior.

Barreiras e soluções

A falta de funcionários é um dos grandes desafios da atualidade com que a indústria se depara, referida por 37% dos profissionais como sendo um entrave no desenvolvimento dos espaços verdes urbanos da sua cidade, impulsionando a necessidade de robôs corta-relvas e outras soluções autónomas capazes de executar as tarefas monótonas, permitindo que os profissionais dos espaços verdes se concentrem em tarefas mais complexas.

“Dado que muitos profissionais dos espaços verdes sentem dificuldades em encontrar profissionais qualificados, torna-se evidente que a mão de obra autónoma e complementar é fundamental para o futuro. As soluções autónomas ajudam ainda a enfrentar outros dois importantes desafios para o futuro, a necessidade de reduzir as emissões de CO2 e sonoras”. Segundo Yvette Henshall-Bell, Presidente da Unidade de Negócios Profissionais Mundiais da Husqvarna, este facto é positivo para os profissionais dos espaços verdes, que poderão concentrar-se em tarefas mais importantes, desenvolver novas competências e desfrutar de um ambiente de trabalho mais agradável.

Futura manta de retalhos ecológica

39% dos profissionais de espaços verdes afirma que a concorrência do mercado imobiliário e de outros interesses comerciais é um grande obstáculo ao desenvolvimento ecológico sustentável. Para muitos, a falta de interesse político constitui também um obstáculo.

No entanto, dentro de cinco anos, 38% dos peritos e profissionais espera que haja direitos legais rigorosos para que todos os cidadãos tenham acesso a espaços verdes nos seus bairros, incentivando eventualmente o planeamento urbano com a incorporação de pequenas peças do puzzle ecológico no ambiente urbano sob novas formas.

No futuro, 49% dos profissionais espera que os “parklets” (microparques) se tornem mais comuns e 41% acredita em telhados verdes. No entanto, devido ao transporte, os novos espaços verdes do futuro podem requer mais tempo de gestão. Mais uma vez, as soluções autónomas podem fornecer a resposta, uma vez que o corte de relva e a rega podem ser em certa medida autossuficientes com os sistemas corretos instalados.

 

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