O fruto é delicioso, o sabor é superior ao da líchia e do rambutão. É também muito rico em vitamina C, potássio, o magnésio e o fósforo.
0 longan ou olho-de-dragão (Dimocarpus longan) é uma árvore da família das sapindáceas, onde se incluem também frutas como o rambutão ou a líchia. É uma árvore que pode atingir em média 9-12 metros de altura e que produz um fruto de grande qualidade, muito apreciado. Originária da China e de diversas zonas do Sudeste Asiático, como a Birmânia, a Tailândia, o Vietname ou a Indonésia, é uma fruta especialmente apreciada na China e no Vietname. Os maiores produtores mundiais são a China, que se destaca em primeiro lugar, assegurando cerca de 70 por cento da produção mundial, seguida pela Tailândia, pelo Vietname e por Taiwan. Outros países, como o Camboja, o Laos, a Índia, o Sri Lanka, as Filipinas, a Indonésia ou as ilhas Maurícias, asseguram contributos mais pequenos. Até em zonas longínquas do seu habitat, como a Austrália, os EUA, ou Israel, existem plantações de longan. Até em Espanha, na região de Málaga há pomares de longan.
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Ficha técnica do longan
Origem: China e Sudeste Asiático.
Altura: Altura média de 9-12m. Em cultivo pode ser mantido mais baixo.
Propagação: Por estaquia ou enxertia.
Plantio: Fim do inverno.
Solo: Solos bem drenados, ricos em matéria orgânica.
Clima: Tropical e subtropical.
Exposição: Sol pleno.
Colheita: Entre novembro e março.
Cultivo e colheita
Sendo uma árvore com origem tropical ou subtropical, o longan dá-se bem em zonas com bastante precipitação, desde que o solo tenha uma boa drenagem. Além disto é bastante sensível ao frio; temperaturas abaixo dos -2 oC já começam a causar danos na planta. Poucas localizações em Portugal continental são apropriadas para o cultivo desta árvore. Destaca-se, é claro, o Algarve e outras zonas especialmente abrigadas dos ventos, sem geadas e com temperaturas amenas. O cultivo em estufa é sempre uma opção para esta espécie. Nas ilhas também existem boas condições para o cultivo desta espécie, especialmente na Madeira.
Esta planta tende a ter uma produção alternada, produzindo bem num ano e tendo uma produção reduzida ou quase nula no seguinte. Em termos de variedades para cultivo podem destacar-se a “Haew”, a “Chompoo”, a “Kohala” ou a ‘BiewKiew’. A floração costuma dar-se durante a primavera, com uma colheita entre novembro e março. O compasso mínimo entre estas árvores deve ser 4×4 m, mas, se cultivada nas condições propícias, uma planta pode ser o suficiente para uma família.
Manutenção
A manutenção da planta prende-se com as podas, a limpeza de plantas infestantes e a fertilização.
Para efeitos de comodidade de colheita, convém manter a árvore com uma pequena estatura. Isso consegue-se através das podas de formação e de manutenção, que devem ser feitas durante o inverno. A planta aprecia uma abundância de matéria orgânica, pelo que o ideal é adubar com estrumes e compostos bem curtidos, sobretudo na época da floração e de recuperação do frio do inverno. Nos meses mais quentes, requer regas regulares, evitando sempre o encharcamento.
Pragas e doenças
Em Portugal, a planta é relativamente resistente a doenças e pragas, embora, no seu habitat, sejam bastante vulneráveis a doenças fúngicas e a outras causadas por bolores e por algas. Uma das principais doenças no seu habitat é a vassoura-de-bruxa, que causa deformações na planta e nos frutos, grandes prejuízos na produção, seguida da doença da decadência do longan, que fragiliza a árvore. Por vezes as doenças que afetam o longan apenas causam a deformação ou o mau aspeto do fruto, mas isso é o sufi ciente para arruinar o seu valor comercial. No nosso País, temos de ter atenção ao surgimento de problemas de ferrugem e de pragas como diversas espécies de cochonilhas. A prevenção e intervenção célere são sempre as melhores opções.
Propriedades
O fruto é usado na medicina tradicional chinesa para o baço e para o coração, tendo também efeitos benéficos para as insónias, os enjoos e a perda de memória. É também muito rico em vitamina C e possui igualmente pequenos teores de vitaminas do complexo B, assim como de minerais como o potássio, o magnésio e o fósforo. Devido ao alto conteúdo de água, é também refrescante e hidratante.
O fruto é sobretudo consumido ao natural, mas também em sopas, aperitivos, sobremesas e pratos agridoces. Também se encontra enlatado ou seco. Outra especialidade é o vinho de longan, que teve a sua origem nalgumas regiões da China, mas que já é produzido em pequena escala na Tailândia e no Camboja. É uma bebida com um alto teor de açúcar, pelo que diabéticos deverão evitá-la. Para mim, o sabor de uma boa variedade selecionada de longan é excecional, superior ao da líchia e do rambutão. Experimentem se puderem!
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