Nesta estação do ano, algumas plantas despertam, outras adormecem; os Aeonium são das que brilham no outono e encantam em qualquer jardim.
Após as primeiras chuvas do final do verão e início do outono, assistimos a um novo despertar do mundo vegetal! Nesta época, os dias mais curtos e mais húmidos favorecem o metabolismo da maior parte das plantas, tornando-as mais fortes e robustas para a dormência de inverno. Bem-vindos a esta época de transição e de preparação. A chuva já se fez sentir, o frio aproxima-se e os cuidados com os nossos catos e suculentas são redobrados.
A importância da drenagem
Para quem tem as suas plantas no exterior e a céu aberto, proporcionar uma boa drenagem é essencial para evitar o apodrecimento de raízes. Não conseguimos controlar a chuva, mas quando decidimos ter plantas “ao tempo”, devemos escolher o melhor tipo de vaso e substrato para auxiliar no escoamento da água. A humidade excessiva aliada a caules e folhagens secas tornam-se um verdadeiro festim para bactérias e fungos, que podem atacar as partes saudáveis das nossas suculentas, e que são também a proteção para muitos insetos que nelas passam as estações mais frias, portanto esta é uma época de limpeza e prevenção. Nalgumas zonas mais frias do nosso País, o uso de manta térmica permite a proteção das plantas mais sensíveis a temperaturas baixas ou negativas, se bem que ainda estamos no outono!
Veja o vídeo:
Os Aeonium
Quem tem várias espécies de suculentas sabe que nem todas se comportam da mesma forma, e os Aeonium são os reis desta estação! Nunca passarão de moda para os colecionadores e, estejam em vasos ou no solo do jardim, são obrigatoriamente plantas de cultivo no exterior. Pertencentes à família Crassulaceae, a maioria deles são originários das ilhas Canárias, embora alguns sejam encontrados na Madeira, Cabo Verde, Marrocos, na África Oriental (Etiópia, Somália, Uganda, Tanzânia e Quénia) e no Iémen, onde os solos rochosos de origem vulcânica, humidade costeira e temperaturas altas no verão lhes conferiram as características morfológicas que conhecemos, sejam em formato de roseta basal, com caules mais ou menos herbáceos ou semilenhosos. São tipicamente plantas de dormência na época do verão, perdendo muitas folhas e fechando as suas rosetas como proteção contra a desidratação. Nessa altura, pouco se regam, não se adubam, nem se fazem podas de formação ou para propagação.
Despertam com as primeiras chuvas do final do verão, começando um novo ciclo de crescimento que vai até ao limiar do inverno e que continua no início da primavera até entrarem novamente em dormência na estação seguinte. É aí que se podem podar, propagar, adubar ou transplantar, sendo excelentes para jardins de pedra ou com declives, zonas sombrias ou de sol pleno consoante as espécies.
Curiosidades
Aeonium lancelottense
Esta planta apresenta apodrecimento seco de verão. É uma planta resiliente, cuja roseta se destaca facilmente do caule apodrecido, possuindo raízes que facilitarão a sua propagação.
Causas: Substrato muito compactado, com falta de arejamento.
Aeonium undulatum
Uma planta no auge do seu crescimento foliar. Esta é uma espécie ótima para plantar no solo em qualquer zona do jardim.
Aeonium tabulifome
Uma planta que aqui se apresenta em colónias em crescimento ativo, propagadas por estaca foliar. Esta é uma espécie de sombra e que prefere um substrato leve e drenado, vasos justos e raízes aconchegadas.
Aeonium velour
Uma das espécies de cor arroxeada, ramificada, que também é ideal para utilizar em zonas de sol pleno, plantada no solo ou em canteiros.
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