Hortícolas

Rúcula

prato cheio de rúcula e ramo

 

É uma planta muito fácil de cultivar e existem dois tipos de rúcula: a rúcula cultivada e a rúcula selvagem.

 

A rúcula pertence à família das Brassicáceas, onde estão incluídas outras culturas, como os nabos, rabanetes, agriões, couves e mostarda. Trata-se de uma planta tónica, estomáquica, diurética e antiescorbútica. Já era utilizada bastante utilizada pelos romanos como condimento e erva medicinal. É rica em vitamina C e ferro, podendo encontrar-se também na sua composição ácido fólico, magnésio, fósforo, potássio, zinco, fibras, vitaminas do complexo B e vitamina A.

Por norma, a parte consumível desta cultivar são as folhas, cujo sabor se assemelha bastante ao da avelã e apresente um leve picante. Este sabor picante acentua-se quanto mais a folhas ficarem no caule. No entanto, após a floração, as folhas perdem parte do seu sabor. As flores também podem ser consumidas; apresentando um leve aroma a laranja, podem constituir uma agradável guarnição para várias receitas. Além disso, existem dois tipos de rúcula: a rúcula cultivada (Eruca sativa) e a rúcula selvagem (Diplotaxis erucoides). A rúcula cultivada é uma planta anual, de flor branca. Já a rúcula selvagem é uma planta perene com flor amarela.

 

Altura: 20-30 cm.

Época de sementeira/plantação: Pode ser instalada tanto por sementeira direta como por transplantação. Por norma, no fim do inverno e início da primavera, dá-se preferência à sementeira direta.

Local de cultivo aconselhado: Gosta de zonas com muito sol. Resistente ao frio. Não é muito exigente em tipo de solo, que deve ser bem drenado e com alguma matéria orgânica. Só não tolera temperaturas muito altas, pois começa a espigar.

Manutenção: O mais importante é regar regularmente, para que se possa manter o nível de humidade no solo, mas sem causar excesso de água. Quando se iniciam os cortes, de forma a estimular o crescimento de novas folhas, pode aplicar-se, juntamente com a água da rega ou através de uma pulverização, chorume de urtiga ou consolda ou um fertilizante foliar à base de algas.

 

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Alface

 

Condições ótimas de cultivo

A rúcula é uma cultura bastante fácil de produzir, além de se autopropagar com bastante facilidade. Além disso, é também bastante resistente ao frio, pelo que em regiões de clima ameno, dá-se praticamente durante o ano todo.

Por outro lado, quando as temperaturas passam os 30 oC, tem tendência a espigar. Isto constitui um problema no caso de o objetivo ser consumir as flores, aproveitaras sementes para novas sementeiras naturais ou colher as sementes para guardar.

Apesar disso, apresenta um bom desenvolvimento entre meia-sombra e sol pleno. No que respeita às necessidades hídricas, não é muito exigente e demonstra uma melhor adaptação a solos bem drenados do que ricos em nutrientes e matéria orgânica, e, de preferência, que apresentem uma textura argiloarenosa.

 

cultivo de rucula

 

Sementeira e/ou plantação

Esta cultivar pode ser instalada tanto por sementeira direta como por transplantação. Por norma, no fim do inverno e início da primavera, dá-se preferência à sementeira direta. Para a instalação, é necessário que em primeiro lugar, se limpe e mobilize o solo. De seguida, deve ser aplicada uma camada de composto. Posto isto, já se pode abrir as linhas, que devem ter um espaçamento de cerca de 15 cm, entre 20 a 30 cm se for rúcula selvagem, e por fim lança-se as sementes.

Após o surgimento das plantas deve-se proceder a um desbastamento, para que seja eliminado o excesso de plantas.

 

Rotações e consociações favoráveis

Precedentes culturais a evitar: Cucurbitáceas (melão, melancia, abóbora, curgete, pepino…), umbelíferas (cenoura, aipo, salsa), Solanáceas (batata, pimento, tomate) e outras Brassicáceas.

Consociações favoráveis: Cravinho-da-índia, alface de corte, alho, beterraba, cenoura, cebola, couves, pepino, abóbora, fava, morangueiro, feijão, melão.

 

Cuidados culturais

A rúcula não necessita de muitos cuidados culturais. O mais importante é proceder a uma rega regular e com frequência, para que se possa manter o nível de humidade no solo, mas sem causar excesso de água.

Quando se iniciam os cortes para estimular o crescimento de novas folhas, pode aplicar-se, juntamente com a água da rega ou através de uma pulverização, chorume de urtiga ou consolda, diluindo-se uma parte para cada nove de água. Como alternativa, pode ser aplicado um fertilizante à base de algas, via foliar.

 

Colheita e conservação

Geralmente, 20 a 30 dias após a plantação, pode-se iniciar a colheita. O corte deve ser feito a 2cm do colo, sendo possíveis entre dois e três cortes em cada planta, uma vez que esta vai produzindo novas folhas.

Todavia, o sabor das folhas pode variar, dependendo da sua frescura, pelo que uma folha consumida na hora vai possuir um sabor muito mais intenso do que folhas que sejam armazenadas num frigorifico, onde não devem permanecer, num período superior a quatro dias. Assim, caso tenham sido realizadas sementeiras desfasadas, a colheita pode ser prolongada por toda a primavera.

 

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Curgete

 

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