Jardins & Viagens

Tenha um jardim amigo do meio ambiente

Em toda a região Mediterrânica podemos encontrar diferentes estilos de jardins, todos com pormenores que conferem ao estilo sustentabilidade, reduzindo o consumo de recursos nestes jardins e mantendo-os em harmonia com o meio ambiente.

Nestes jardins, em vez da predominância de vastas áreas de relvado vamos encontrar plantações de arbustos perenes, anuais e coberturas de solo.

A delimitação das áreas pode ser feita com muros baixos, os pavimentos com gravilha e as cores térreas das paredes e casas em contraste com vermelhos e púrpuras das plantas.

A terracota surge como material presente, em vasos, nas telhas e até mesmo nos pavimentos.

A sustentabilidade destes jardins é conferida pelos seguintes aspetos mais importantes:

  • Capacidade de permeabilidade da água;
  • Reduzida utilização de água;
  • Capacidade de atração de vida animal selvagem;
  • Jardins comestíveis;
  • Mínima utilização de pesticidas e fertilizantes;
  • Utilização de conceitos amigos do ambiente.

Capacidade de permeabilidade da água

A utilização de gravilha e outros tipos de pedra como o granito no solo, conferem a estes jardins uma boa permeabilidade da água, distribuída uniformemente para o solo e alimentando a área de plantação de igual forma.

Reduzida utilização de água

O aspeto que contribui mais para este ponto é a escolha das plantas utilizadas.

As plantas xerófitas, adaptadas para viver em climas quentes e secos, como é o caso das suculentas, estão presentes nestes jardins.

As condições climáticas são naturalmente importantes para o estabelecimento destes jardins.

A claridade do sol, os dias quentes e secos do verão e um inverno moderado, são condições desejadas para as plantas a seguir indicadas, com estruturas que reduzem a perda de água e por consequência a necessidade da mesma.

As plantas mais presentes nos jardins mediterrânicos são: a lavanda, tomilho, rosmaninho, santolina, buganvília, oliveiras, limoeiros, romanzeira, roseiras, sage, videira, gazanias, suculentas, ciprestes, loendro e sardinheiras.

Capacidade de atração de vida animal selvagem

As plantas autóctones presentes, adaptadas ao local, reduzem a necessidade de manutenção e atraem vida animal selvagem que encontra nestas plantas a sua fonte de alimento e abrigo.

A presença de água na forma de fontes, canais ou lagos é uma característica dos jardins mediterrânicos e os animais encontram aqui as condições desejadas para subsistir.

As flores da lavanda por exemplo fornecem alimento para as borboletas e abelhas.

Jardins comestíveis

A integração de jardins de vegetais é habitual neste estilo, criando uma sinergia com as espécies presentes que irão atrair a vida selvagem importante para o controlo de pragas que poderão atacar e destruir as colheitas de vegetais, como é o caso das joaninhas que irão controlar os afídeos.

Mínima utilização de pesticidas e fertilizantes

Considerando que as espécies presentes num jardim mediterrânico são maioritariamente autóctones e tolerantes a solos mais pobres, como é o caso do tomilho e do rosmaninho, o uso de pesticidas para o controle de pragas é essencialmente substituído pela presença da vida animal selvagem e o uso de fertilizantes praticamente dispensado, podendo-se inclusive adotar métodos naturais de fertilização pelo uso de composto orgânico gerado pela compostagem.

Utilização de conceitos amigos do ambiente

O estilo Mediterrânico assenta na prática de conceitos que irão reduzir o consumo de recursos naturais e humanos:

  • Os pavimentos podem ser criados com a utilização de pedaços de terracota, mosaico, cimento, vidro…a imaginação irá ajudar!
  • Utilização de materiais como a pedra, o cimento e o mosaico, muito duráveis, irão reduzir a necessidade de substituição a curto prazo;
  • As áreas de relvado que consomem muita água são muito pequenas ou inexistentes. Em substituição a cobertura de solo é feita por gravilha, seixo ou pavimentos cerâmicos;
  • Utilização de pérgolas, abrigos de madeira e telheiros para providenciar sombra e conforto no verão e reduzir a evaporação nas superfícies rígidas;
  • Plantação em vasos, facilitando o controlo de infestantes e da quantidade de água necessária;
  • Utilização de elementos de água, como fontes e lagos que reduzem a temperatura ambiente e criam a sensação de conforto.

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