São frutos ricos em antioxidantes em vitaminas C e K e em minerais como magnésio e zinco, o que as torna bastante saudáveis e nutritivas.
As amoreiras (Rubus fruticosus) são originárias da Europa e do norte da Ásia, nomeadamente de bosques húmidos, embora possam sobreviver a longos períodos de seca. São uma planta muito resistente e que é das primeiras a colonizar terrenos ardidos ou abandonados. As amoreiras silvestres, vulgarmente conhecidas por silvas, encontram-se com facilidade no campo e os seus frutos são comummente colhidos por populares no verão.
As amoreiras cultivadas comercialmente são variedades selecionadas e melhoradas pelo sabor e tamanho dos frutos. Cada vez mais, são frutos procurados pelos seus benefícios alimentares, nomeadamente o alto teor de antioxidantes, e a produção tem aumentado muito nos países do sul da Europa, entre os quais se encontra Portugal.
Origem: Europa e Norte da Ásia
Altura: Planta trepadeira, devemos mantê-la a cerca 1.70m
Propagação: Estaquia
Plantio: Outono
Solo: Alcalino, de preferência com matéria orgânica. Dá-se até em solos pobres.
Clima: Rústica em climas frios e temperados.
Exposição: Sol pleno ou meia-sombra
Colheita: Verão
Manutenção: Mondas, podas, regas.
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Cultivo e colheita
Devemos escolher com cuidado o local onde iremos cultivar as amoreiras, pois elas podem tornar-se invasivas ou crescer demasiado. Geralmente as variedades à venda nos hortos são menos vigorosas, sobretudo aquelas que não têm espinhos e é mais fácil controlar o seu crescimento e guiá-las. Há à venda nos hortos e centros de jardinagem diversas variedades de amoreiras e devemos adquirir plantas em boas condições, com certificado fitossanitário.
A melhor maneira de controlar o seu crescimento e de não as deixar a crescer sem controlo pelo chão é conduzi-las com postes e arames, em sistema de arames paralelos ou de dois arames, e manter a sua altura a cerca de 1,70 m. Será assim mais fácil colher as amoras e evitar que se estraguem em contacto com o solo. Cada vez mais as variedades sem espinhos são as preferidas, pois tornam a manutenção da planta e a colheita dos frutos mais fácil.
A colheita dos frutos costuma realizar-se a partir do final da primavera e prolongar-se durante o verão.
Manutenção
Como têm as raízes próximas da superfície, as sachas e mondas devem ser efetuadas com cuidado para não as afetarmos, mas é importante controlarmos as ervas competidoras. A cobertura do solo com palha ou cascas de pinheiro ajuda a evitar o aparecimento de plantas infestantes.
As regas também são importantes durante os meses mais secos para obtermos frutos de bom tamanho e boa qualidade. As amoreiras são bastante resistentes à seca, mas os frutos podem sofrer com ela. Também são muito resistentes ao frio e às geadas.
Pragas e doenças
As amoreiras são vulneráveis a algumas pragas e doenças, como a antracnose, a virose, os piolhos e os pulgões. Produtos à base de cobre podem ser usados na prevenção de algumas doenças e devemos comprar plantas certificadas para impedir a difusão de vírus. Plantas infetadas com vírus deverão ser arrancadas e queimadas.
Propriedades e usos
As amoras são frutos ricos em antioxidantes e que resistem a alguma refrigeração a seguir à colheita, podendo conservar-se durante algum tempo. As amoras são ricas em vitaminas C e K e em minerais como magnésio e zinco, o que as torna um fruto bastante saudável e nutritivo. Sendo sobretudo consumidas ao natural, cada vez mais as amoras são usadas em iogurtes, doces, compotas e sumos, podendo o seu sumo ser fermentado para a produção de vinho.
O cultivo em estufas tem permitido uma disponibilidade maior das amoras ao longo do ano.
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