Entrevistas

Especial Selva Urbana: Plant Lover – Tomás Tojo

Nasci em Lisboa e vivi a minha infância no Algarve, rodeado de plantas. No jardim da minha mãe, pude explorar, ainda pequeno investigador, diferentes formas de jardinagem.

Apesar da falta de conhecimentos, a experiência e a prática foram tornando cada vez mais frutíferas as minhas aventuras botânicas.

De que forma e quando é que nasceu esta paixão pelas plantas?

Esta paixão nasceu do tédio, o melhor amigo da criatividade. Primeiro, com as plantas comestíveis e, depois, com a exploração das plantas ornamentais nas suas potencialidades estéticas.

Em São Paulo, com a criação de um projeto social de jardinagem coletiva, compreendi a urgência de partilhar o amor e o respeito pela Natureza.
Desde aí, venho integrando projetos que promovem a sustentabilidade e a relação positiva com as plantas.

Coordeno intervenções de jardinagem coletiva, formações e, claro, o festival Jardins Abertos. Depressa compreendi que os jardins são objetos políticos, um reflexo da relação entre o Homem, as Plantas e a História.

Qual é a sensação de viver rodeado por centenas de plantas?

Sem plantas não há esperança. Ter plantas em casa é uma necessidade.

Sabe quantas plantas tem?

Sei que tenho várias centenas. Também já matei várias centenas. A jardinagem que pratico conta muito com a abordagem da tentativa e erro.

Que benefícios sente desse contacto permanente com as plantas?

A jardinagem tem um enorme impacto na nossa vida, seja sozinho ou em grupo. É uma forma de meditação, uma terapia. A relação com a Natureza é essencial, seja no mar, no campo ou na floresta.

É importante relembrar que faze- mos parte deste ecossistema e que a desconexão com estes elementos nos prejudica incomensuravelmente, quer do ponto de vista ambiental, social ou humano.

Tem alguns rituais especiais com as suas plantas?

O único ritual que tenho é a observação, da qual nunca me canso.

Quantas horas por dia ou por semana lhes dedica?

Dedico-lhes poucas por semana.

SEM FLORESTA NÃO HÁ FUTURO! É importante relembrar que fazemos parte deste ecossistema e que a desconexão com estes elementos nos prejudica incomensuravelmente, quer do ponto de vista ambiental, social ou humano.

Quais as principais tarefas de manutenção que as plantas exigem?

As tarefas mais regulares são a rega, limpeza e fertilização, pois sem estas três tarefas as plantas não conseguem desenvolver-se.

Qual o top 5 das suas plantas preferidas e porquê?

Cardos, giestas, Pennisetums, magnólias e todas as plantas de “porteira” desde que sejam variegadas.

Que conselho dá aos nossos leitores que pretendem tornar as suas casas mais verdes? Por onde devem começar para trazer a Natureza para dentro de casa?

Qualquer reservatório serve de vaso, desde que tenha boa drenagem.

Terra, encontramos em todo o lado, e sementes, até no ar.

Cultivar e fazer crescer é inato no ser humano.

Quer deixar uma mensagem de esperança para quem está em casa nesta primavera diferente?

Recentemente, eu e a Carolina Matias da equipa do festival Jardins Abertos, criámos uma plataforma de divulgação de conteúdos de jardinagem, um manual de jardinagem em quarentena.

Esta é uma oportunidade de aprender a jardinar. #eujardinoemcasa

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