A anoneira-comum (Annona cherimola) é uma árvore de porte médio oriunda do Equador, Peru e Chile, de altitudes em torno de 700 metros. Hoje em dia, está espalhada por diversas zonas do globo, desde a América Central e do Sul, África, Sudeste Asiático, Sul da Europa e outras zonas de clima favorável. Em Portugal, está perfeitamente adaptada nos Açores e na Madeira; no continente, dá-se bem em localizações soalheiras e sem geadas. Outras espécies têm valor comercial e nutricional, mas são praticamente desconhecidas em Portugal à excepção da graviola (Annona muricata).
B.I.
Origem: Costa Oeste da América do Sul (Equador, Peru e Chile).
Altura: Chega, em adulta, a uma altura entre 5 e 9 metros.
Propagação: Vegetativa por estacas ou por semente.
Plantio: Fim do inverno e primavera.
Solo: Solos com boa drenagem, ricos em matéria orgânica.
Clima: Plantas com alguma rusticidade no continente, e bem adaptadas na Madeira e Açores.
Exposição: Zonas de pleno sol, de preferência viradas a sul, onde não haja geadas.
Colheita: Geralmente no fim do verão.
Manutenção: Capinagem, e poda no fim do inverno.
Cultivo e colheita
Deve ser plantada em local bem soalheiro, de preferência voltado a sul e em local abrigado do vento e onde não haja geadas. Deve ser preparada uma cova funda para a instalação definitiva da árvore, uma vez que esta irá desenvolver um longo sistema radicular. A melhor altura para plantar é no fim do inverno e primavera. Dependendo das zonas e dos microclimas, geralmente a floração surge na primavera e os frutos no fim do verão. Zonas mais amenas terão floração mais cedo. Polinizar as flores manualmente ajuda a aumentar a taxa de frutificação.
Propagação
A melhor maneira de propagar as anoneiras é por estaquia, visto que conseguimos assim obter frutificação mais cedo e as árvores enxertadas costumam ter menos problemas de polinização. Mas a anoneira é também bastante fácil de ser propagada por semente, com uma taxa de germinação bastante alta e um desenvolvimento rápido das plantinhas.
Manutenção
É uma árvore que requer pouca manutenção. Além da capinagem das infestantes, devemos fazer a poda no fim do inverno, enquanto a árvore ainda está em dormência. A adubação deve ser feita no início da primavera, quando começam a surgir os novos rebentos na planta.
Pragas e doenças
É uma planta que se adapta com facilidade ao clima português, mas que pode estar sujeita a diversas pragas e doenças como a antracnose, a mosca-do-mediterrâneo e as cochonilhas. A antracnose afeta os frutos em desenvolvimento, que começam a ficar com manchas negras e muitas vezes racham, pelo que convém podar a árvore para facilitar o arejamento e aplicar calda bordalesa. As moscas-do-mediterrâneo podem ser capturadas com armadilhas e a cochonilha combatida com óleo mineral após a poda.
Propriedades e usos
A anona é, na minha opinião, um fruto delicioso, com alto teor de água, mas também de açúcares. A polpa branca da anona contém imensas sementes escuras que não devemos consumir. A sua textura é ligeiramente granulosa como a da pera e, além de ser muito doce, possui um toque que lembra vagamente o pinhão.
A anona é principalmente consumida em fresco, seja ao natural ou em sumos, pois apodrece muito rapidamente. Devemos colher as anonas antes de estarem completamente maduras, de contrário, cairão, desfazendo-se. Ao comprar, devemos escolher anonas que cedam ligeiramente ao toque e que não estejam ainda escuras por fora, mas sim de tom verde. A anona é rica em vitamina C e B6 e em diversos minerais como o cobre, o fósforo, o potássio e o magnésio e possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
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