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Os tons de amarelo-limão das pascoinhas marcam o inicio de cada primavera, mas é em maio que a exuberância da estação atinge o seu máximo com uma verdadeira explosão de cores.
Entre as que marcam as nossas paisagens destacam-se os amarelos mais quentes das giestas, Cytisus sp., que forram montes e vales de todo o País e nas quais é impossível não reparar.
As giestas
As qualidades ornamentais das giestas são indiscutíveis e hoje é relativamente fácil encontrar em qualquer horto variedades híbridas, provenientes da Holanda, dos mais diferentes tons, nomeadamente vermelho e laranja.
Porém, na nossa perspetiva, não há razão nenhuma para preferir um cultivar híbrido às espécies silvestres que por cá evoluíram.
Além de uma floração intensa, que começa em meados de abril e se prolonga por maio, as espécies do género Cytisus são ideais para sebes, não requerem qualquer cuidado especial e, como leguminosas que são, ajudam na fixação do azoto no solo.
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Maias, as giestas de Portugal
Em Portugal, existem cerca de seis espécies disseminadas um pouco por todo o território, embora com especial incidência no Centro e Norte.
Todas de cor amarela, exceto uma – a Cytisus multiflorus, a única de cor branca e mais frequente nas beiras, as giestas são vulgarmente conhecidas por muitos outros nomes, como giesta-das-sebes ou giesta-das-vassouras, atendendo ao uso que tradicionalmente era dado aos seus ramos.
Como semear
A germinação das sementes de giesta não apresenta qualquer dificuldade, bastando cobrir com substrato e regar.
Todavia, para potenciar a sua germinação, é aconselhado deixar as sementes num copo de água tépida cerca de 16 horas antes de as semear. Com a temperatura certa, a rondar os 17-22 ºC, as primeiras plântulas emergem ao fim de 15 a 21 dias!
Na loja online das Sementes de Portugal, pode encontrar sementes de giesta bem como de outras espécies emblemáticas da nossa flora autóctone com potencial ornamental e paisagístico.
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Sabia que…?
As giestas têm diferentes nomes vulgares, mas o mais emblemático é Maias. Nele encerra-se a memória ancestral do tempo em que a Península Ibérica era habitada por outros povos, como os celtas, que celebravam neste mês o início do verão.
Com efeito, na etimologia da palavra estão as celebrações de fertilidade, comuns a todos os povos do hemisfério norte e que os gregos consagravam a Maia, a deusa da terra, da fecundidade e do crescimento das plantas, dos homens e de todos os seres vivos.
Maia ou Gaia para outros povos anteriores, do Mediterrâneo e Crescente Fértil, e que na prática celebravam o mesmo: a incrível explosão de vida que a nossa casa-mãe, a Terra, nos proporciona por estas alturas e que nós, afetuosamente, mas mais pobremente, sintetizamos hoje no Dia da Mãe e que, religiosamente, a Igreja aproveita declarando maio como o mês de Maria.
Mas é no Centro e Norte de Portugal que ainda hoje subsiste de forma vigorosa uma das tradições mais ancestrais que colhe a nossa admiração.
O Dia das Maias, celebrado no 1.º dia de maio, e que passa por pendurar, antes da meia-noite, na porta da casa, um ramo de flores de giestas para garantir uma estação de fartura e que o mau-olhado não se atreva a entrar!
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