Hortícolas

Ficha de cultivo: Chalota

Cultivo de chalota Allium oschaninii

 

É parecida com cebolas pequenas, mas tem um sabor mais subtil e menos acentuado embora sendo mais rica em nutrientes.

 

A chalota pertence à mesma família das Aliáceas, onde se inclui a cebola, o alho, o alho-francês e o cebolinho. Ao contrário da cebola, a chalota cresce em molhos e não em bolbos individuais, podendo apresentar dez ou mais bolbos por molho.

É originária da Ásia Central e foi trazida para o Ocidente durante o período das Primeiras Cruzadas.

A chalota é mais rica em nutrientes do que a cebola, sendo uma excelente fonte de vitamina A, C e B6, assim como de folato, tiamina, ferro, cálcio, potássio, fósforo e cobre.

É uma excelente fonte de antioxidantes, que auxiliam no combate ao envelhecimento e ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares.

 

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Ficha técnica: Allium oschaninii

Altura:20-30 cm
Época de sementeira: O cultivo a partir de semente é feita na fase final do inverno para transplantação durante a primavera, quando a terra começa a aquecer. O cultivo através de bolbos é feito no fim do inverno e início da primavera em local definitivo.
Local de cultivo aconselhado: Dá-se melhor em locais expostos e soalheiros, com uma terra leve, não ácida, com boa drenagem e fértil. O pH do solo deve estar compreendido entre os 6,6 e 7, e não tolera solos ácido.
Manutenção: É importante manter as chalotas mondadas, para possibilitar que cresçam o máximo possível. Na fase de crescimento das folhas e do bolbo, a presença de água é crucial, para permitir o estabelecimento e crescimento da cultura.

 

Cultivo de chalota Allium oschaninii

72 Kcal /100 g, fonte de vitamina A, C e B6, de folato, tiamina, ferro, cálcio, potássio, fósforo e cobre e de antioxidantes.

 

Condições ótimas de cultivo

Tal como a cebola, é uma cultura de estação fresca, resistente ao frio. Dá-se melhor em locais expostos e soalheiro, com uma terra leve, não ácida, com boa drenagem e fértil. Se o solo for muito pesado (argiloso), pode-se melhorar a sua estrutura com a adição de matéria orgânica (composto) ou de areia. O pH do solo deve estar compreendido entre os 6,6 e 7, não tolerando solos ácidos. Caso apresente um pH ácido, para correção, junte um pouco de cal.

 

Sementeira e/ou plantação

Antes da instalação da cultura, mobiliza-se o terreno de forma a deixá-lo com uma estrutura uniforme até 25 cm de profundidade, incorporando composto ou estrume bem curtido na camada superficial.

Esta cultura pode ser instalada de duas formas: a partir da semente, como é feita na cultura da cebola, ou através do bolbo, como se faz com a cultura do alho.

  • O cultivo a partir de semente é feito na fase final do inverno para transplantação durante a primavera, quando a terra começa a aquecer. Por norma, as culturas provenientes da semente produzem colheitas maiores, mas demoram mais tempo a produzir em comparação com os bolbos. A sementeira pode ser feita a lanço, a uma profundidade de 1 cm.
  • O cultivo através de bolbos é feito no fim do inverno e início da primavera em local definitivo. Com este processo torna-se mais fácil o cultivo, e a taxa de sucesso poderá ser superior.

Nesta técnica aconselha-se a utilização de bolbos que estejam comercialmente disponíveis, por apresentarem uma menor probabilidade de conter vírus. Para a plantação dos bolbos, basta fazer um rego superficial para os colocar, cobrindo-os de seguida com terra, deixando apenas as pontas à mostra.

O espaçamento na plantação é muito importante e irá ditar o calibre das chalotas. Para obter uma chalota de calibre grande, é aconselhável um espaçamento entre si de 20 x 20 cm e, para obter uma chalota de calibre pequeno, uma distância entre si de 10 x 10 cm.

 

Rotações e consociações favoráveis

Precedentes culturais favoráveis: Poáceas (aveia, cevada, centeio, trigo…), pois favorecem a estruturação do solo, brassicáceas (couves, nabo, brócolos, rabanete, agrião, rúcula), solanáceas (batata, tomate, pimento, beringela), cucurbitáceas (abóboras, aboborinhas, melão, pepino, melancia) e Fabáceas (ervilha, feijão, fava) (exceto quando existem nematodes).

Precedentes desfavoráveis: Aliáceas (alho, alho-francês, chalota, cebolinho) em rotações curtas (< 4 anos), devido ao risco de infestação do solo com podridão branca (Sclerotium cepivorum).

Consociações favoráveis: Alho-francês, alface, beterraba, cenoura, couve-nabo, morango, pastinaca. Alternar linhas de cenouras com linhas de cebolas protege estas culturas, reciprocamente, da mosca-da-cebola e da mosca-da-cenoura.

 

Cuidados culturais

É importante manter as chalotas mondadas, para possibilitar que cresçam o máximo possível. Na fase de crescimento das folhas e do bolbo, a presença de água é crucial para permitir o estabelecimento e crescimento da cultura. Assim que estas estiverem estabelecidas, poderá ser reduzida a rega apenas para quando o solo estiver seco.

Deverá deixar de regar duas a três semanas antes da colheita, para possibilitar a maturação dos bolbos e para garantir que apresentem maior capacidade de conservação.

 

Colheita e conservação

A colheita é feita no final do verão, quando a parte aérea estiver seca por completo, arrancando cuidadosamente os bolbos da terra e expondo-os a secar num local seco.

Quando estiverem secas, as chalotas podem ser armazenadas no interior em local fresco e seco da mesma forma que as cebolas. Poderão ser mantidas entrelaçadas ou em caixas (devem estar dispostas de forma a permitir a circulação de ar entre elas).

 

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